12 | I Série - Número: 001 | 18 de Setembro de 2008
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — O segundo exemplo tem a ver com matéria do emprego. O PrimeiroMinistro apresentou, depois de vir de férias, empregos em call center. Não me parece que seja o melhor modelo para a nossa economia.
Mas mais: junta o Governo que criou 130 000 novos empregos. Primeiro erro: o Governo não cria um único emprego. Quem cria emprego são os empresários e a economia!!
Aplausos do CDS-PP.
Segundo exemplo — e a realidade bate com muita força: o Boletim do Instituto Nacional de Estatística, de 8 de Setembro, relembra que o emprego criado em Portugal, entre o mês de o mês de Março de 2005 e a actualidade, é de 71 000 novos postos de trabalho, aproximadamente metade daquilo que é o discurso de propaganda.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Terceiro exemplo: é aquele que parte da audição do Sr. Ministro de Estado e das Finanças, que diz que a nossa economia está a resistir perante a grave crise internacional. Pois olhemos para os dados da nossa produtividade. No 3.º trimestre do ano passado estava em 1,8%; no 4.º trimestre do ano passado estava em 1,2%; no início de 2008 estava em 0%; actualmente é de menos 0,5%… Bem se compreende, então, por que razão as palavras competitividade e produtividade não fazem parte dos verbos deste Governo.
Aplausos do CDS-PP.
Quarto exemplo — este exemplo tem a ver com a agricultura: o Sr. Ministro Jaime Silva veio anunciar que a abertura de programas relativamente ao investimento no modelo de agricultura era um sucesso. Isto é, depois de todo o trabalho que o CDS aqui fez para que fossem abertos os programas, o Sr. Ministro veio dizer que eles eram um grande sucesso. Porquê? Porque abarcavam 2386 candidaturas para um total de 90 milhões de euros.
Pois façamos, então, uma comparação entre os anos 2001 e 2005. Nessa mesma altura, em média, foram aprovadas 6681 candidaturas para um investimento médio de 232 milhões de euros.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — A comparação deveria fazer corar o Ministro da Agricultura e os Deputados do Partido Socialista que tantas vezes aqui aplaudem o Governo.
Aplausos do CDS-PP.
Quinto exemplo: a matéria da Administração Interna. Todos sabemos o grande clima de insegurança que se vive no nosso país. Para alguns ele não é excepcional; para o CDS é excepcional e grave! Assume o Governo a entrada de 4400 novos elementos para as forças de segurança, para a polícia. Este é o discurso da ficção. Voltemos à realidade: em três anos deste Governo já saíram 4635 polícias devido ao erro do congelamento das admissões. Está bem visto neste caso até onde vai a manipulação do Governo — eu até diria que deve ser a tal «porta giratória» de que falava o Secretário de Estado José Magalhães… O problema é que estão a entrar menos polícias do que aqueles que estão a sair. Ora, essa situação está a aumentar a nossa insegurança.
Sexto exemplo: falo-vos do computador Magalhães, que foi apresentado com grande pompa e circunstância como um elemento bem português — antes fosse… O computador Magalhães é uma ideia de um professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology), é feito em Taiwan e paga royalties à Intel. Ora