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13 | I Série - Número: 001 | 18 de Setembro de 2008


foi-nos apresentado como sendo um computador bem português!… Vamos, então, ao que é nacional: é a montagem para o mercado português!! Bem gostaríamos que fosse português.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sétimo exemplo: termino com a matéria de educação e com as estatísticas que são definitivamente diferentes da nossa realidade. Não vale a pena vir dizer que em Portugal neste momento se retêm menos alunos quando o estatuto do aluno é um estatuto facilitista, quando se criam imensas dificuldades para se poder dar as classificações justas aos nossos alunos, quando cada vez mais os professores têm uma situação mais difícil e quando os exames são cada vez mais fáceis. Assim, vamos continuar com uma enorme diferença entre a realidade e a ficção que é criada. Mas os portugueses estão atentos àquilo que acontece.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Velosa.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Diogo Feio, felicito-o por ter trazido a esta Câmara, no essencial, a situação económica e social que se vive em Portugal. É verdade que os últimos dados demonstram que todos devemos estar preocupados.
A economia encontra-se em abrandamento, a caminho da estagnação. Houve e tem havido da parte do Governo uma grande teimosia em rever em baixa as previsões económicas. Mas a verdade é que os dados estatísticos demonstram que estão a ser revistos em baixa todos os indicadores que são fundamentais para a vida de Portugal e dos portugueses. São os indicadores das exportações, são os indicadores da actividade económica, são os indicadores do consumo privado e até os indicadores do investimento, essa grande meta que o Governo sempre anunciou, mas que não consegue concretizar.
Portanto, a sua intervenção, no fundo, vem ao encontro daquilo que todos os portugueses querem. Ora, nesta Câmara, os Deputados do Partido Socialista também já deveriam ter entendido o que se passa em Portugal.
A questão que se coloca é esta: o Governo de Portugal, muitas vezes até através do próprio Ministro da Economia, transmite uma ideia errada do que se passa em Portugal. É o problema de dizer a verdade aos portugueses relativamente à situação que se vive em Portugal.
E não há dúvida de que é preciso dizer essa verdade. O Ministro da Economia «decretou» o fim da crise.
No ano passado dizia que este ano cresceríamos 3%, neste momento já há previsões credíveis que dizem que nem cresceremos 1% este ano e nem no próximo ano.
Portanto, a questão que se põe a Portugal é a de ter um Governo que diga a verdade aos portugueses.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — A questão que ponho ao Sr. Deputado é a de saber se concorda ou não que esta crise que se vive em Portugal não é só devida à situação internacional.
O Governo, através da comunicação social, tem tentado fazer crer que a crise de Portugal é só fruto da situação internacional. A este propósito, recordo que, na vigência de anteriores governos, quando havia qualquer crise, entendia-se sempre que era porque os governos não eram bons! É preciso que se diga que, em Portugal, temos um Governo que tenta não dizer a verdade aos portugueses e tenta esconder que a realidade que vivemos tem a ver com a falta de políticas, com os erros das políticas, com a baixa da despesa de investimento, com as políticas orçamentais que este Governo tem levado a efeito.
É certo que há uma crise internacional mas a questão que lhe deixo é a seguinte: há ou não «pecados» enormes cometidos por este Governo que contribuem para a situação que vivemos em Portugal, em termos quer económicos quer sociais?