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18 | I Série - Número: 007 | 2 de Outubro de 2008

uma grande direcção comercial. Pergunto-lhe se estas são ou não afirmações que ajudam — e a nós parecenos que não — à tal segurança que é necessária.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Em terceiro lugar, o Sr. Deputado e eu somos defensores do mercado, de um mercado que tenha regras éticas claras e que, por isso mesmo, necessita de controlo, o qual deve ser feito pelas entidades de supervisão. Mas, em Portugal, temos assistido a constantes falhas destas mesmas entidades. Os portugueses conhecem e têm um juízo sobre o que aconteceu no caso do Banco Comercial Português, sobre o que aconteceu e está a acontecer em relação à gasolina e sobre aquilo que está a acontecer — e tem sido pouco falado — relativamente à electricidade.
O CDS vem aqui hoje apresentar um conjunto de ideias em relação às quais gostaríamos de saber a sua opinião. Consideramos que seria muito importante fazer uma alteração no modo de nomeação das entidades de supervisão, isto é, que as mesmas passassem por uma nomeação conjunta do Governo e do Presidente da República. Gostaríamos de saber qual a opinião que tem em relação a esta matéria, bem com em relação a uma outra,…

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Peço-lhe que termine, Sr. Deputado.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Vou terminar, Sr. Presidente.
Estava eu a dizer que gostaríamos da saber a sua opinião em relação à nomeação conjunta da supervisão, bem como em relação a uma outra que passa pela necessidade de quem vai ocupar altos cargos de presidência nas entidades de supervisão dever passar antes pelo Parlamento para ser ouvido, para que se possa saber qual o seu plano e qual a sua vontade de acção em relação à entidade de supervisão. Sr. Deputado, gostava de conhecer a sua opinião sobre esta matéria, porque é a altura de discutir aquele que pode ser o melhor funcionamento do mercado e, evidentemente, da supervisão.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Frasquilho, quando ouvi o início da sua intervenção, pensei que talvez nos esclarecesse sobre as dúvidas que assolam o PSD acerca da privatização da Caixa Geral de Depósitos, que é, aliás, uma temática óptima em tempos de crise financeira.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Exactamente!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Mas, depois, percebi que queria dar um recado ao Sr. Primeiro-Ministro. E também percebi porquê: é que no último debate com o Sr. Primeiro-Ministro o PSD não falou da crise financeira,…

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Falou, falou! Falou duas vezes!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — … pelo que sentiu necessidade de actualizar o tema e de vir ao debate. Mas o tema é actual, é ingente e é urgente.
Gostava de questionar o Sr. Deputado Miguel Frasquilho acerca de algumas realidades.
Na sua intervenção, disse-nos que a supervisão falhou, que o mercado falhou, mas passou rapidamente a página e não disse uma palavra acerca do gigantesco esbulho que está a ser feito aos cidadãos, ao Estado e aos contribuintes em todo o mundo para salvar accionistas e gestores, os tais que falharam. Não nos fala sobre a supervisão dita independente, mas é essa que leva a todas estas falhas consecutivas, que mostram a verdadeira face do capitalismo. Será que vão continuar a insistir nessas entidades independentes?! Será que