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27 | I Série - Número: 033 | 15 de Janeiro de 2009

geral que começaram o internato há 5 anos atrás, quando o senhor não era Primeiro-Ministro, e que agora o concluem.
Mas o que não propõe é um princípio elementar — que era, sim, uma medida positiva; e essa quero deixála aqui — , que permitiria que todos os que concluem o internato da especialidade pudessem ter, porque o Estado lhes paga a formação, um contrato de 10 anos com os hospitais públicos. Aí, sim, teríamos os médicos de que precisamos e não estaríamos sempre a procurar médicos no Uruguai ou a mandar doentes fazerem operações em Cuba.
Essa seria uma medida, mas para essa medida o Sr. Primeiro-Ministro continua a não estar disponível.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Em nome do Grupo Parlamentar do Partido Ecologista «Os Verdes», tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, creio que tudo o que é abusivo deve ser denunciado, pelo que vou voltar a fazer uma pergunta à qual o Sr. Primeiro-Ministro não teve oportunidade de responder — e repare que vou fazê-la sem me rir.
Foi aberto um concurso para o preenchimento de vagas no Instituto de Emprego e Formação Profissional em que os candidatos eram sujeitos a um teste escrito, tendo-lhes sido recomendado um conjunto de leituras do qual constava uma intervenção política do Sr. Primeiro-Ministro. Quero saber, Sr. Primeiro-Ministro, se acha isto correcto.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, não posso deixar de dizer exactamente isto: o que acho absolutamente ridículo é que algum Deputado pretenda que essa sugestão de leitura tenha tido alguma orientação do Governo ou da minha parte.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ninguém disse nada disso!

O Sr. Primeiro-Ministro: — É absolutamente ridícula, para não dizer pior, essa politiquice que a Sr.ª Deputada acabou de fazer!

Aplausos do PS.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mas não respondeu!

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, não respondeu se acha bem ou mal. Provavelmente, o Sr. Primeiro-Ministro acha bem estas acções de propaganda abusivas. Diz que não faz politiquice no Parlamento, mas, desculpe, Sr. Primeiro-Ministro, fá-la no Parlamento e fora do Parlamento.
E há que exigir, em Portugal, seriedade na política de uma vez por todas.

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares (Augusto Santos Silva): — Olha quem fala! Por que é que não vai a eleições sozinha?

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — O Sr. Primeiro-Ministro agora — indo concretamente ao tema do debate — esqueceu-se de um indicador fundamental, que é a satisfação dos portugueses em relação ao acesso que têm à saúde, o sentimento dos portugueses em relação a um direito fundamental, consagrado constitucionalmente, que é o seu direito à saúde.