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11 | I Série - Número: 050 | 26 de Fevereiro de 2009

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas o Sr. Deputado acha que tudo deve ter uma leitura negra, acha que tudo deve ser lido «puxando para baixo» o País.
Sr. Deputado — estou farto de dizer isto e repito —, nunca vi nem o pessimismo, nem a descrença, nem o desânimo, nem a vontade de apoucar e diminuir a criação de um único posto de trabalho. O que vejo, Sr. Deputado, é que a tentativa de atribuir ao Governo a culpa pela subida do desemprego, que está a acontecer em todo o mundo, ç apenas»

O Sr. João Oliveira (PCP): — É apenas uma questão de seriedade política!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » um exercício básico de demagogia e de falta de seriedade política.

Aplausos do PS.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Olha quem fala de seriedade»!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sobre o subsídio de desemprego é que nada!...

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Se julgam que se livram, estão muito enganados!

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Alberto Martins.

O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as e Srs. Deputados, há uma questão que nos parece fundamental, e daí termo-la escolhido como tema do debate: a questão do Plano Tecnológico.
Vivemos uma situação de grave crise financeira e económica a nível internacional e nacional e, como sabemos por leitura histórica, as crises são sempre momentos de oportunidade. Esta oportunidade surge para nós, portugueses, e não só, como a possibilidade de uma ruptura durável do modelo de crescimento que tem vindo a instalar-se nas sociedades e nas economias ocidentais.
Por isso, o objectivo de uma escolha estratégica com mudanças estruturais, assente num modelo de desenvolvimento estruturável, durável, equitativo e com futuro é uma necessidade essencial que a todos nos interpela.
Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, a questão que quero colocar-lhe tem a ver, por um lado, com a reforma do Estado social que estamos a prosseguir e, por outro, com esse modelo de desenvolvimento sustentável do qual o Plano Tecnológico ç um instrumento essencial»

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Como na Quimonda»?!

Risos do Deputado do PSD Paulo Rangel.

O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, o tempo de o «pai dos pobres» falar já terminou. Agora, sou eu!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Não sou é «afilhado» dos ricos!

O Sr. Alberto Martins (PS): — O tempo do «pai dos pobres» e do «sol das pátrias» já acabou, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa! Como dizia, a eficiência energética, que também ter a ver com o Sol e com as energias alternativas, é uma questão decisiva, como a das alterações climáticas, tal como o que está a ser feito: o investimento público nas escolas, na banda larga, nas energias renováveis, na Sociedade da Informação.
Assim, Sr. Primeiro-Ministro, este grande objectivo de mudança do modelo estruturado e sustentável que estamos a prosseguir tem a ver com o apoio às pequenas e médias empresas, tem a ver com a protecção social, tem a ver com o novo sentido do investimento público.