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23 | I Série - Número: 050 | 26 de Fevereiro de 2009

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Paulo Portas, em 2003, o desemprego subiu significativamente no nosso País»

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Agora, diz «significativamente»!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » quando em quase em todo o mundo o desemprego baixava. Em 2003, o Sr. Deputado estava num governo que teve uma recessão, quando todo o mundo crescia. Esta é a diferença.
A progressão do desemprego no nosso País neste momento deve-se a uma séria crise financeira e económica internacional.
O Sr. Deputado escusa de disfarçar e fingir que não está a ouvir.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Estou a ouvir!

O Sr. Primeiro-Ministro: — É porque, para o aumento do desemprego este ano, há uma razão, que é a crise financeira e económica internacional.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Ah!...

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas em 2003 houve apenas o falhanço de uma política que se concentrou — e mal! —, exclusivamente, no combate ao défice.

Aplausos do PS.

Pior do que isso, Sr. Deputado: em 2003, com a sua passagem no governo — e espero que o Sr. Deputado não enjeite também essa responsabilidade —, não apenas aumentou o desemprego, não apenas tiveram uma recessão, como ainda por cima tiveram um aumento do défice. A isto se chama, Sr. Deputado, falhar em todas as dimensões! Esta é que é a verdade, Sr. Deputado!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o que o País ficou a perceber foi não só que o Sr. Primeiro-Ministro, provavelmente, já conhecia os dados de 70 000 desempregados a mais no dia em que disse que os números do desemprego eram «animadores», mas também que, para si, 330 000 desempregados são um fracasso, mas 450 000 desempregados, no seu Governo e no seu tempo, são um êxito!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Primeiro-Ministro, vivemos num país onde os antigos administradores do BPN têm o descaramento de se apresentar a pedir subsídio de desemprego. Mas um jovem com trabalho há um ano e que não tenha visto o seu contrato renovado, agora não tem prestação de desemprego. Mas os casais em que os dois elementos estão no desemprego não têm uma majoração por esse facto. Mas os trabalhadores mais idosos, com mais de 55 anos, arriscam-se a não ter nem emprego, nem subsídio, nem aposentação.
Sr. Primeiro-Ministro, aceita ou não, em tempos excepcionais, mudar os critérios de acesso ao subsídio de desemprego?

Aplausos do CDS-PP.