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35 | I Série - Número: 052 | 5 de Março de 2009

Mas nós estamos preocupados e pensamos — tem razão Sr. Deputado — que o PSD deve aproveitar oportunidade para apresentar propostas concretas, consistentes, realistas, sçrias»

Vozes do PSD: — Mais?!»

O Sr. Alberto Martins (PS): — » e não manter a «política de braços caídos«!

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente (Nuno Teixeira de Melo): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado João Semedo.

O Sr. João Semedo (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Alberto Martins, as minhas primeiras palavras são para, em nome do Bloco de Esquerda, felicitar o Partido Socialista pela realização do seu Congresso e também os novos e os antigos dirigentes do partido, todos os dirigentes eleitos pelo Congresso realizado em Espinho.
Nós, no Bloco de Esquerda, somos, homens e mulheres gratos, não somos gente ingrata. Portanto, começo por agradecer ao Congresso do Partido Socialista e ao Partido Socialista a atenção com que nos distinguiram e as palavras que nos dirigiram que, conhecendo-nos como nos conhecem, terão, certamente, a garantia de que são palavras que não «caíram em saco roto».
Mas passemos, então, ao Congresso do Partido Socialista, não àquilo que ouvimos, que foi muito, mas àquilo que não ouvimos.
Estranhámos não ouvir no Congresso do Partido Socialista nenhuma intervenção, nenhuma palavra, sobre o encerramento das offshore.
Já todos percebemos que, no que diz respeito a Portugal, até pelas próprias palavras do Ministro Teixeira dos Santos, a Zona Franca da Madeira é melhorzinha do que as outras, não cria tantos problemas, portanto pode aceitar-se. Contudo, não ouvimos uma palavra sobre isso no Congresso do PS.
E, curiosamente, num dos dias em que teve lugar o Congresso, realizou-se uma cimeira cujo tema principal era exactamente a regularização dos mercados financeiros e o problema das offshore.
Portanto, sabendo, como todos sabemos, que a maior parte das offshore — até as maiores — estão em território europeu, embora algumas estejam sedeadas em territórios sob domínio de outros países europeus, como é o caso da Inglaterra, de que é que está à espera o Partido Socialista se quer acabar com a especulação financeira, se quer acabar com a evasão fiscal, se quer acabar com o crime económico, se diz querer acabar com as offshore e regularizar a actividade dos mercados financeiros? De que é que estão à espera o Partido Socialista e o Primeiro-Ministro para, por exemplo, junto do Primeiro-Ministro inglês, Gordon Brown, vosso camarada da Internacional Socialista, terem uma iniciativa conjunta no espaço da União Europeia para acabar com as offshore? Era sobre isso que gostaríamos de ter ouvido uma palavra no Congresso do Partido Socialista, mas sobre isso nada foi dito. Foi um Congresso que decorreu sob o lema «ganhar 2009», o que significa ganhar as eleições e não vencer a crise, como nos parecia bem mais apropriado.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Nuno Teixeira de Melo): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Alberto Martins.

O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Semedo, agradeço as suas palavras e até a dimensão de ingratidão a que fez referência na sua intervenção.