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37 | I Série - Número: 052 | 5 de Março de 2009

Sr. Deputado, acho que os portugueses olham para as promessas do PS lembrando-se das promessas anteriores, que não foram cumpridas, dando-lhes a credibilidade que merecem.
Sr. Deputado Alberto Martins, penso que o PS demonstrou bem naquele Congresso — que saúdo como exercício da legitimidade democrática e partidária de uma força política do nosso país — que a única proposta que tinha para apresentar aos portugueses era a seguinte: «queremos a maioria absoluta». Foi esta a única proposta que o PS apresentou aos portugueses. Foi este o tom, o tema e o assunto de 90% das intervenções no Congresso: «queremos a maioria absoluta».
Pois é, Sr. Deputado Alberto Martins. Talvez os senhores estejam tão desesperados em pedi-lo, porque já perceberam que os portugueses compreenderam o que significou para eles a maioria absoluta do PS: o que significou de recuos, o que significou de imposição de medidas negativas.
E não nos venha dizer que o PS renega o neoliberalismo, quando ainda agora, no Governo, se prepara para avançar com privatizações, como a da ANA — Aeroportos de Portugal.
Sr. Deputado, o maior apagão do Congresso do PS não foi o da luz eléctrica; foi, sim, o de não dizerem uma palavra sobre o desemprego e o subsídio de desemprego, que falta a tantos portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Nuno Teixeira de Melo): — Sr. Deputado Alberto Martins, para responder, tem a palavra.

O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Bernardino Soares, o problema do apagão do PCP começou em 1989 e mantém-se.

O Sr. Luís Campos Ferreira (PSD): — Tanto tempo às escuras! O Sr. Alberto Martins (PS): — Por isso, Sr. Deputado, ideias novas para o PCP precisam-se.
Sr. Deputado, efectivamente tem razão: a ideia da maioria absoluta é fundamental para os portugueses.

Protestos do PCP.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — A luz trouxe o Vital Moreira!

O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Presidente, os ruídos sucessivos tornam-se numa vozearia.

O Sr. Presidente (Nuno Teixeira de Melo): — A Mesa fará a devida compensação na gestão do seu tempo, Sr. Deputado.

O Sr. Alberto Martins (PS): — Muito obrigado, Sr. Presidente.
O Partido Comunista está preocupado com a maioria absoluta. Tem razões para isso. Mas queremos mesmo a maioria absoluta. Queremo-la não por causa do Partido Comunista (o Partido Comunista tem sempre o seu lugar na democracia); queremo-la porque é boa para os portugueses, para a sociedade portuguesa e para o futuro do desenvolvimento deste país.

Aplausos do PS.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Só os senhores é que estão convencidos disso!

O Sr. Alberto Martins (PS): — Por isso, Sr. Deputado, deixe lá essa questão do Estado neoliberal.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Os senhores é que não deixam!

O Sr. Alberto Martins (PS): — O que os senhores querem é o centralismo de Estado ou o capitalismo de Estado — é a vossa velha referência ideológica.