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38 | I Série - Número: 060 | 21 de Março de 2009

Em todo o caso, quero começar por dar os meus sinceros parabéns à Deputada Rosário Águas pela sua ascensão no Partido Social Democrata e por ter sido convidada para fazer a síntese da opinião do partido no que diz respeito à economia, na reunião que teve lugar a 11 de Março. Li a sua intervenção com cuidado e fiquei surpreendido, porque se se tratava de um balanço dos quatro anos do Governo e esperava lá ver escrito «PME» uma vez e não vi! Agora há uns métodos de busca especiais e, como pensei que estava distraído, utilizei-os. Mas não estava lá a palavra «PME» uma única vez! No balanço que a Sr.ª Deputada fez da política do Governo dos últimos quatro anos, não utilizou uma única vez a palavra «PME».

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — O seu Governo também não põe lá a palavra nenhuma vez!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Mas, ao menos foi justa, porque a expressão «grandes empresas» também não constava.
A Sr.ª Deputada fez, pois, um balanço da política do Governo na área da economia (não na área da saúde ou da justiça), conseguindo não usar uma vez a palavra «PME» ou a palavra «empresa».
Portanto, quero dar-lhe os meus sinceros parabéns pela sua ascensão no partido e manifestar a minha estupefacção por não se pensar nas PME e nas empresas quando se faz um balanço da actuação do Governo durante este tempo!

A Sr.ª Regina Bastos (PSD): — Não perca tempo a repetir-se!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Fiquei muito surpreendido quando, há dois dias, me dei conta que o PSD não apoia a política de intervir nos sectores e nas empresas em dificuldades — creio que é uma ideia absurda que não é defendida em lado algum do mundo. Pensei que me tinha enganado, pelo que fui ler com muito cuidado essas declarações: «o Governo deve resistir à tentação, porque isso é negativo, de apoiar, intervir e ajudar directamente os sectores ou a empresas em dificuldades». Ora aqui está uma área em relação à qual temos uma grande diferença de opiniões: os senhores acham que tal não deve ser feito, mas o Governo acha que, na medida do possível, deve apoiar, ajudar e intervir nos sectores e nas empresas em dificuldades.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Rosário Águas.

A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Economia, dir-se-ia que eu deveria aqui reconhecer que me sinto lisonjeada pelo facto de o Sr. Ministro acompanhar com tanta proximidade aquilo que digo ou não digo — portanto, muito obrigada, Sr. Ministro» Se bem que não ç esse o meu papel. O meu papel aqui não é o de lhe responder, nem o seu é o de me fazer perguntas. É o contrário.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Não responde a nada!

A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — Mas o senhor ainda não percebeu. Vem aqui há quatro anos e ainda não percebeu. É isto que queria sublinhar, em primeiro lugar. O senhor ainda não percebeu que aqui quem faz perguntas são os Deputados.

Vozes do PS: — Então, pergunte lá!

A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — E quem está sentado nessa bancada, o Governo, é que tem de responder. Portanto, veja lá se consegue mudar essa abordagem — já chega! Acho que quatro anos para aprender isto, que me parece básico, é suficiente — caramba!