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27 | I Série - Número: 079 | 14 de Maio de 2009

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — A Sr.ª Presidente de Câmara pede mais polícias!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Porque é que não respeitou os seus direitos, o seu estatuto, e não lhe deu mais meios, tendo em conta o aumento da criminalidade? Creio que esta é uma questão central que se coloca.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Mas, Sr. Primeiro-Ministro, como o tempo de que disponho é escasso, passarei a outra questão.
Ontem, os enfermeiros portugueses estiveram massivamente em greve e realizaram a maior manifestação de sempre. Estão descontentes e têm razão, porque o Governo prometeu e, depois, não cumpriu.
Sr. Primeiro-Ministro, nós vamos ter, em relação aos enfermeiros, o mesmo processo de desestabilização que grassa na educação, com o estatuto da carreira e a divisão das carreiras dos enfermeiros em duas categorias por razões economicistas? É justo que se negue aos enfermeiros a possibilidade de atingirem o mesmo nível remuneratório dos restantes licenciados da Administração Pública? Sr. Primeiro-Ministro, não acha que estamos em tempo de não provocar mais desestabilização, particularmente quando se refere aos direitos dos trabalhadores e, neste caso concreto, ao direito dos enfermeiros? Teve a resposta nesta grande manifestação, mas gostaria também de ouvir a sua opinião.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, uma coisa que eu nunca lhe direi em debate é que o Sr. Deputado está mal-intencionado. Posso criticá-lo»

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Foi uma apreciação política!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não! Nunca direi! Porque as intenções, naturalmente, são sempre boas. Todos nós queremos, com base naquilo que pensamos, defender o interesse nacional! Mas, Sr. Deputado, isso não lhe direi. E, acredite, eu não tenho más intenções!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ninguém disse isso!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Posso, naturalmente, ser criticado pelos resultados das minhas políticas, mas não tenho más intenções. Eu nunca direi que alguém está mal-intencionado apenas porque pensa de forma diferente da minha. O Sr. Deputado desculpe, mas o facto de eu pensar de forma diferente não lhe dá o direito de me julgar mal-intencionado.
Quero lembrar-lhe apenas o seguinte: o Sr. Deputado diz que estou perto da direita apenas porque defendo o impçrio da lei,»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não foi nada disso!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » porque acho que a nossa polícia deve cumprir o seu dever. Olhe, Sr. Deputado, o mesmo pode dizer da Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, que parece que foi eleita pelo seu partido e pede exactamente o mesmo que eu: mais polícia, mais firmeza e mais defesa da lei e da liberdade.

Aplausos do PS.