17 | I Série - Número: 088 | 4 de Junho de 2009
O que ç espantoso ç virem aqui criticar o Governo de Portugal»
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Victor Baptista (PS): — » e mostram total silêncio para com os responsáveis pelas circunstàncias e pelos factos que hoje são narrados e que são do conhecimento público, que são uma vergonha para o País e para alguns responsáveis que, até agora — e esperemos que assim continue a ser — , nada têm a ver com esta bancada.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares.
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares (Augusto Santos Silva): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O objecto deste debate de actualidade, tal como apresentado na intervenção inicial do partido proponente, não deixa de despertar alguma perplexidade, visto que o grupo parlamentar proponente, aliás, acompanhado pela generalidade dos partidos da oposição, transforma este num debate sobre trabalhos em curso na Comissão de Inquérito.
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Isso é algum problema?
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Essa agora!
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Sendo que o Governo é obrigado, e bem, a participar neste debate, está impedido, e bem, de participar nos trabalhos da Comissão de Inquérito — essa é a primeira perplexidade.
É que não me parece que os trabalhos da Comissão de Inquérito, que não estão concluídos, possam ser antecipadamente concluídos por decisão unilateral do Partido Comunista Português ou de qualquer outro grupo parlamentar.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Em segundo lugar, a supervisão e os supervisores não são parte do jogo político-partidário em tempo eleitoral que estamos a viver, e bem porque é próprio da democracia.
O Dr. Vítor Constâncio e o Banco de Portugal não constituem nem o sujeito nem o objecto do debate político para as eleições europeias. Portanto, toda esta catilinária que aqui se ouviu,»
Protestos do PSD e do CDS-PP.
» dirigida ad hominem, é inteiramente deslocada.
Sendo certo que o Governador do Banco de Portugal já está convocado para comparecer, de novo, na Comissão de Inquérito, usam um método que acho absolutamente condenável: o de fazer um ataque ad hominem a alguém que não está presente, que não pode defender-se»
Vozes do CDS-PP: — Coitado»!
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — » mas que estará presente na Comissão de Inquçrito e, aí, terá direito ao contraditório. Não é leal, não é bonito, não me parece correcto.
Protestos do PSD e do CDS-PP.