O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24 | I Série - Número: 088 | 4 de Junho de 2009

empresas, seja em sede de devolução de impostos, seja em sede de pagamentos directos de serviços ou de compras.
Asfixiadas quando, por exemplo, as obriga a terem três anos de lucro, no caso de essas empresas quererem linhas de crédito. Não percebe o Governo que, nessa lógica, qualquer empresa nova, que nem sequer três anos tem, é excluída?! Não percebe que, por exemplo, empresas que devem ao Estado porque o Estado lhes deve a elas, estão excluídas destas linhas de crédito? Isto é asfixiar a parte da economia portuguesa que é responsável pela criação e pela manutenção de emprego e que está a ser muito maltratada por este Governo.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Mas este Governo falha também no plano social. Destes 520 000 portugueses que estão no desemprego, só 218 000 recebem subsídio de desemprego e só cerca de 100 000 auferem subsídio social de desemprego, o que quer dizer que uma enorme fatia destes 520 000 portugueses não tem acesso a qualquer prestação social.
Além disso, muitos dos que estão no subsídio de desemprego são casados, precisando, por isso, de um apoio especial, apoio esse que o Governo nega, negando-se até a dar dados concretos, como, por exemplo, o número real e concreto destes casos.
Mas o Governo do Partido Socialista recusa-se também a perceber que muitos dos que estão fora do subsídio de desemprego são jovens, que, ainda que tenham trabalhado e descontado durante um período de tempo, não têm direito ao subsídio de desemprego. É essa regra que é preciso mudar.
Srs. Deputados, precisamos de mudar urgentemente. Precisamos urgentemente de mudar de regras. Mas também precisamos urgentemente de mudar de Governo.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — É verdade!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Precisamos de um Governo e de uma maioria que possam ouvir o clamor que, hoje, perpassa pelo País.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Para pedir esclarecimentos, inscreveram-se os Srs. Deputados Adão Silva, Jorge Machado e Miguel Laranjeiro.
Tem a palavra o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Mota Soares, o PSD entende que tem a maior oportunidade trazer a debate no Parlamento a situação de desemprego crescente, em Portugal. E V.
Ex.ª fez bem, a pretexto dos números recentes do Eurostat, em chamar mais uma vez a atenção para esta situação, onde claramente o Governo deixou de ter qualquer capacidade de controlo.
Este Governo verdadeiramente não tem capacidade para agenciar medidas que previnam a situação de desemprego.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Muito bem!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Por outro lado, resignado como está, não é capaz sequer — e aí tinha toda a responsabilidade — de criar as medidas necessárias para apoiar aqueles que caíram na situação de desemprego.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Muito bem!

O Sr. Adão Silva (PSD): — E isto é muito grave, porque o desemprego é irmão gémeo da pobreza e, por outro lado, é prenúncio de situações de grande tensão social.