14 | I Série - Número: 089 | 5 de Junho de 2009
A situação está neste quadro que conhecemos. Está numa dificuldade objectiva, num impasse, que queremos ajudar a resolver com a maior brevidade possível. E queremos fazê-lo sem condições prévias.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Alberto Martins (PS): — Não há cartas prévias, aqui.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Alberto Martins (PS): — O ponto de partida é a necessidade de encontrarmos uma solução credível, uma personalidade ímpar, isenta, imparcial, que nos dê garantias de que o cargo de Provedor de Justiça vai continuar a ser desempenhado com rigor, com eficácia e com capacidade de representar a República.
Foi por isso, e no momento concreto, que apresentámos uma personalidade, que não é do Partido Socialista. Uma personalidade ímpar, isenta, imparcial, com uma qualidade indiscutível.
Por isso, Srs. Deputados, o processo reabre-se com a consciência da necessidade de encontrarmos uma solução que a todos vincule, mas sem, à partida, haver condicionantes.
O que interessa para a República é que tenhamos um Provedor de Justiça à altura das responsabilidades, que prestigie o Parlamento e a sua função.
Todos sabemos que o Provedor de Justiça é um órgão do Estado que, em grande medida, é uma representação ou extensão do Parlamento para a defesa dos direitos dos cidadãos.
Temos, portanto, uma responsabilidade particular. Mas a responsabilidade dos dois terços é a responsabilidade de todos contribuírem para os dois terços,»
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Alberto Martins (PS): — » porque a ideia de contribuírem só alguns e os outros usarem de um direito de veto político é contra o espírito constitucional.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Alberto Martins (PS): — Concluindo, Sr. Presidente, gostaria de deixar claro que vamos fazer todos os esforços, no imediato, para encontrarmos uma solução.
A Câmara conta, certamente e é determinante para isso, com a vontade do grupo parlamentar socialista.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, renovando o apelo que fiz em 30 de Janeiro de 2008, apelo novamente para a necessidade de ser resolvido o problema da eleição do Provedor de Justiça, eleição que deveria ter ocorrido 30 dias antes do final do mandato, que seria a 15 de Junho de 2008.
Neste sentido, confio que, na próxima Conferência de Líderes, podemos voltar a este assunto de forma metodologicamente conclusiva para poder resolver este problema até final da Sessão Legislativa.
Passamos ao ponto seguinte da ordem do dia, ou seja, à votação do projecto de resolução n.º 499/X (4.ª) — Deslocação do Presidente da República a Nápoles (Presidente da AR).
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade, registando a ausência de 1 Deputado não inscrito.
Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Agostinho Lopes.