21 | I Série - Número: 098 | 2 de Julho de 2009
A Sr.ª Deputada acha que não é nada para os 160 000 trabalhadores»
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Ministro.
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — » que estão a beneficiar da redução da taxa social õnica em 3 pontos percentuais?! Acha que os 28 000 desempregados com contrato social de inserção não sentem os efeitos da medida do Governo?!
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — E aqueles que não têm subsídio de desemprego?!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Acha que os 20 000 jovens que estão a ser apoiados no emprego não sentem a acção do Governo?! Etc., etc» Sr.ª Deputada, francamente!» A Sr.ª Deputada disse que, quando houve números negativos, o Governo não quis ouvir. Eu direi: agora, que há números positivos, quem não quer ouvir são os Srs. Deputados, que se recusam a olhar para a realidade e a dar aos portugueses um sinal ou uma palavra de esperança.
Os senhores não respeitam o esforço e os sacrifícios que os portugueses estão a fazer para enfrentar esta crise e querem cavalgar permanentemente nela para fins eleitorais e não reconhecem a verdade dos números que apontam e dão um sinal de esperança aos portugueses.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.
O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr. Presidente, Sr. Ministro das Finanças, eu também tenho uma informação para lhe dar: o crédito das suas previsões está bastante abalado. Parece não ter tido isso em conta na sua intervenção.
Digo-lhe mais: os partidos da oposição e, em particular, o Bloco de Esquerda não vivem da crise,»
O Sr. Victor Baptista (PS): — Olhem que não parece!
O Sr. Luís Fazenda (BE): — » mas percebemos muito bem que o PS se esteja a afogar com ela. Essa ç, aliás, a origem da irritação e da forma de debate do Sr. Ministro das Finanças, bem como da desqualificante forma de intervenção da bancada do Partido Socialista.
Vozes do BE: — Muito bem!
Protestos do PS.
O Sr. Luís Fazenda (BE): — Gostava de dizer que, se o Sr. Ministro das Finanças só encontrou uma alusão ao caso Manuel Fino/Caixa Geral de Depósitos para responder ao Bloco de Esquerda, nós não só agradecemos como registamos. É que pode até a Caixa Geral de Depósitos ter recuperado dessa operação — a ver vamos»! —, mas, na verdade, aquilo por que o povo português se indignou e continua a indignar foi com o tratamento de favor, de privilégio. E não vamos esquecer que Manuel Fino tem, ainda, a possibilidade de recompra das acções, em desvalorização dos interesses da Caixa Geral de Depósitos.
O Sr. Francisco Louçã (BE): — Exactamente!
O Sr. Luís Fazenda (BE): — Convém não fechar a história, porque ela não está concluída!
Aplausos do BE.