O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

19 | I Série - Número: 017 | 22 de Outubro de 2010

O Governo corta nas deduções com as despesas da educação às famílias, corta nas transferências para o ensino profissional, corta no abono familiar extraordinário para os mais pobres, pago no mês de Setembro, e ouvimos aqui o Partido Socialista dizer, e ontem também o Governo, que aqui, na Câmara, existe uma caixa de ressonância das corporações.
Efectivamente, o Governo e o Partido Socialista não compreendem que o problema não está no facto de os psicólogos, os professores os auxiliares de acção educativa não terem emprego. O problema é que as escolas estão piores devido à ausência desses profissionais. São os pais e os alunos que reclamam — e nós reclamamos por eles — uma escola melhor e de qualidade. E o Sr. Ministro vem aqui falar da crise?!

Aplausos do CDS-PP.

Sr. Ministro, pergunto-lhe quanto mais tempo vamos ter de ouvir falar da crise, quando, como foi aqui bem citado pela Deputada Paula Barros, no seu Programa do Governo se dizia que era importante reforçar as prestações para a acção social escolar.

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Tem de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Vou terminar, Sr. Presidente.
Também dizia que era preciso haver formação para os avaliadores e para os avaliados, mas o PS chumbou-a, e que era preciso haver reforço extraordinário do abono de família, que o PS agora corta. Onde vão parar as políticas de educação? Sr. Presidente, termino, perguntando ao Sr. Ministro como é que se vai entender com o Partido Socialista, quando o Partido Socialista ç contra a bolsa de manuais que o seu Governo aqui propõe e»

Vozes do PS: — Contra a sua!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — » ç contra a formação dos professores/avaliadores que o seu Governo propõe.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Miguel Tiago.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: As intervenções entretanto produzidas merecem-nos ainda duas notas sobre este debate e sobre o estado actual da escola pública.
A realidade, de facto, em nada se coaduna com o discurso da tranquilidade, da serenidade e da qualidade do Governo e do Partido Socialista. Se observarmos as escolas, nomeadamente no início do ano lectivo, deparamo-nos com tudo menos com essa suposta tranquilidade: escolas que não abriram a tempo, escolas que os próprios pais não permitiram que abrissem por não terem as condições mínimas de segurança para os seus filhos, escolas e turmas sem professores, o que se mantém ainda hoje.
Sr. Ministro e Srs. Deputados do Partido Socialista, essa é a realidade que se vive no dia-a-dia da escola pública e que se vive com alguma intensidade.
Nas escolas há necessidades permanentes que continuam por suprir, é verdade, mas há outras, como já aqui foi dito, que, embora permanentes, são resolvidas com recurso à maior das precariedades e da exploração: psicólogos nas escolas que não são sujeitos a concurso para contratação desde 1997; professores contratados ano após ano após ano»

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Terminou o seu tempo, Sr. Deputado.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — A hipocrisia dos partidos que aqui hoje denunciaram isso mede-se pelo sentido de voto que deram à proposta do PCP para a contratação desses professores, votada realizada ainda