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18 | I Série - Número: 017 | 22 de Outubro de 2010

Por isso, Sr. Ministro, tenho a certeza que escolas, professores, pais, comunidades educativas lhe vão dizer que não, porque os compromissos que assume com os eleitores, com os contribuintes, com os pais, com os professores são para cumprir.
Os senhores dos submarinos metem medo ao Governo?! Pois oiça as comunidades educativas, Sr.
Ministro, porque delas vai ter medo.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Para uma nova intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, o Governo, num dia, diz que sim, no dia a seguir ou na semana seguinte já vem dizer que não, a contar que nos tenha passado assim uma coisa pela memória, um apagador, que tenha feito com que não nos lembremos de mais nada! Sr. Ministro, o que interessa se a questão da contratação dos professores está no acordo ou está na acta?! O certo é que foi acordado. Há um acordo estabelecido com as estruturas sindicais relativamente à abertura de um concurso, para o ano de 2011, para os professores contratados. Mas qual é a dúvida?! Agora se tem esta forma ou se ç mais quadrado ou mais redondo» Sr. Ministro, não ç isso que está em causa! Há um acordo! Esteja onde estiver, foi acordado. Podia até ser um acordo verbal, única e exclusivamente verbal! Havia testemunhas. Ok, Sr. Ministro, pronto! Está acordado.
A questão é a seguinte: estando acordado, o Governo tem de fazer. Sr. Ministro, as pessoas continuam sem perceber, neste país, essa do défice, o de «não há dinheiro», «aperta-se tudo, aperta-se tudo«» Sr.
Ministro, então, no tempo que lhe resta, vai fazer o favor de explicar aos portugueses como, repentinamente, continua a haver tanto dinheiro para coisas perfeitamente superficiais? Como é que há dinheiro para submarinos, como há dinheiro para comprar carros de luxo para a Cimeira da NATO? E, atenção: em quanto nos vai ficar esta «linda» Cimeira da Nato?! Como é que continua a haver dinheiro para comprar blindados, quando, pelos vistos, há outros guardados?

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Termino já, Sr. Presidente.
Há derrapagens nas parecerias público-privadas, há dinheiro para tudo! Até há dinheiro para não cobrar à banca o que é devido, pois vai-se cobrar uma taxa de 0,01%! O que é isto?! Algumas vezes, parece que «andamos a nadar em dinheiro» e noutras «a apertar o cinto».
Sr. Ministro, diga-nos lá, já agora, na perspectiva actual do Governo, até quando este concurso será anulado?

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Michael Seufert.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, Srs. Deputados: Há pouco comentávamos se seria bom ou mau o Governo não ter enviado aqui um único responsável do Ministério da Educação. Mas a verdade é que, depois do debate de ontem, em que a Sr.ª Ministra demonstrou que desconhecia medidas do Orçamento do Estado para o seu próprio Ministério, porventura, com a presença do Sr. Ministro, esta Câmara até estará mais bem servida.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — O Sr. Ministro fez aqui o discurso que todos os responsáveis do Ministério da Educação e do Partido Socialista fazem. Isto é, tudo está bem, tudo está melhor na educação.
A verdade é que, quando olhamos para a realidade e vamos às escolas, faltam professores, faltam psicólogos, faltam auxiliares.