20 | I Série - Número: 027 | 4 de Dezembro de 2010
Aquilo que importaria saber era se os Srs. Deputados têm algum contributo a dar para aquelas áreas do nosso sector económico que, porventura, tenham mais dificuldades em sustentar aumentos salariais,»
Protestos do BE.
» se os Srs. Deputados têm contributos efectivos para as questões da produtividade e da competitividade ligados, nomeadamente, ao desafio das exportações.
Risos do BE.
De facto, acerca destas matérias, que seriam da maior importância para sustentar a coerência do vosso discurso, acerca disso, repito, nada ouvimos!
O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Esse é um discurso hipócrita!
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — E é por isso, Srs. Deputados, que nós vos dizemos a mesma coisa»
Risos do BE.
Protestos do PCP.
Tenham calma! Tenham calma!
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Diga isso aos trabalhadores! Diga isso aos trabalhadores!»
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — E já que não sabem ter calma e já que demonstram não saber ter uma atitude positiva e uma atitude construtiva,»
Protestos do BE e do PCP.
» ao menos tenham calma para esperar que a Concertação Social reúna, que a Concertação Social proponha e que, em última instância, se for necessário, o Governo decida.
É assim que funciona a Democracia! É assim que se assume o respeito pela participação institucional dos parceiros sociais! Era isso que a esquerda deveria saber respeitar, mas foi isso que, infelizmente, os senhores, mais uma vez, demonstraram não ter entendimento suficiente para saber fazer.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr. Presidente, depois desta «calma» intervenção do Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, eu gostava de saber, Sr. Ministro, se é valorizar a concertação social pôr em causa um acordo que foi assinado há uns anos atrás.
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Pois claro!
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Isso é que é valorizar a concertação social? Sr. Ministro, nós quando ouvimos o Governo sempre a ceder aos interesses de uma das partes da concertação social já percebemos que, para o Governo, a concertação social é mais uma concertação patronal!» É isso que, no fundamental, importa ao Governo! É como aquele jogo em que há jogadores dos