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35 | I Série - Número: 029 | 11 de Dezembro de 2010

atrasos, para que quem vier depois de nós, a futura geração de políticos, se tenha de ocupar não com os problemas do passado mas com os problemas do seu tempo, que não tenham de resolver diferenças tão assinaláveis na ciência, na educação, no ensino superior, no básico, que se ocupem de outros problemas, que serão os problemas contemporâneos do seu tempo. Mas julgo que esta ambição desta geração começa, agora, a tomar forma.
Tenho o maior orgulho em poder dizer-lhe o seguinte, Sr.ª Deputada, como, aliás, já disse: se alguém olhar para estes últimos seis anos não pode deixar de sublinhar os resultados — e eu não digo a politiquice, mas digo os resultados — que Portugal obteve nas áreas do conhecimento.
Quando me candidatei a primeiro-ministro, liderando o Partido Socialista,»

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Não se candidatou a Primeiro-Ministro!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » lancei a ideia do Plano Tecnológico. É uma ideia política que visa não apenas definir um programa para o Estado mas convencer toda a sociedade de que a aposta no conhecimento, na inovação e na tecnologia é a aposta do futuro. É aqui que se joga o sucesso ou o insucesso económico, é aqui que se joga mais ou menos desigualdades na nossa sociedade, no fundo, é aqui que se joga o nosso futuro como Estado e como Nação que pretende não só ter níveis de igualdade de acordo com os padrões internacionais mas também competir com êxito na economia global.
Olhando para estes seis anos, podemos verificar uma evolução absolutamente extraordinária no potencial científico. Vejo muitas forças políticas a não quererem olhar para isto, mas a verdade é tem uma enorme importância para a nossa economia e para a nossa sociedade.
Há pouco, referi um número. Deixe-me pegar nesse número, de novo: em 2009, 8,3 em cada 1000 dos nossos activos são cientistas — 8,3 por cada 1000 activos são investigadores a tempo inteiro. Como é que isto compara internacionalmente? Compara desta forma: nós já ultrapassámos a média da OCDE, que anda nos seis vírgula qualquer coisa por cento.
Na minha geração, nós batalhámos por ter 1% de investimento na ciência; temos hoje, em 2009, 1,71%.
Estamos a pouco de atingir a média da União Europeia, que é de 1,9.
E se olharmos para as rectas da evolução dos resultados, podemos ver que, entre 2005 e 2009, ela é relativamente estável ao nível da média da OCDE mas que Portugal tem progredido imenso, sendo um dos Países que mais progride em ciência. E aqueles que estudam a economia portuguesa têm andado distraídos para não perceberem que a elevação do potencial científico é, talvez, um dos maiores factores de esperança para a requalificação e melhoria da nossa economia.

Aplausos do PS.

Nunca tantos alunos frequentaram o ensino superior como neste momento, em 2010. Atingimos pela primeira vez a taxa de 35% de jovens com 20 anos que estão na universidade ou no ensino politécnico, ou seja, no ensino superior. Nunca tantos jovens tiveram a oportunidade de estar no ensino superior. Nunca! E isso é um factor de esperança para a nossa economia e para a nossa sociedade, revelando uma maior ambição em termos do acesso ao conhecimento. Não há melhor indicador para o sucesso de um País do que a vontade do seu povo de querer estudar, saber mais. É aqui que se joga o futuro.
Quando lançámos o programa Novas Oportunidades para aqueles que saíram cedo demais da escola, cometendo um erro, ou para aqueles que não tiveram a oportunidade de completar a escola, e há muita gente que não a teve, mais de 1 milhão de portugueses se inscreveram, mais de 1 milhão de portugueses decidiram que queriam aprender mais. Haverá maior factor de esperança para nós? Haverá programa mais justo, de acordo de aquilo que é o nosso objectivo económico e de acordo com aquilo que são as expectativas individuais, do que o programa Novas Oportunidades? O programa Novas Oportunidades representa também uma escolha política de um País que quer melhorar nos indicadores e quer empenhar-se naquilo que é a nova geração mas que não desiste da anterior geração, dando também oportunidades a essas pessoas para que elas possam contribuir para o seu País.