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33 | I Série - Número: 032 | 22 de Dezembro de 2010

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mas os senhores estiveram de acordo! Aí é que não há volta a dar!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Da sua intervenção, deixe-me notar e frisar, que, se o ouvi bem, o que nos disse foi que não é possível, ainda, avaliar custos para o contribuinte, porque, neste momento, não sabemos se a decisão é a de alienar ou liquidar o Banco. Sobre isto, devo dizer-lhe que me traz uma novidade, porque o Sr. Primeiro-Ministro, no último debate quinzenal, da bancada do Governo, disse-nos que «sim, senhor», que era para alienar o mais rapidamente possível, mal houvesse condições para o fazer.
Portanto, se me diz agora que ainda estão a ponderar entre alienar e liquidar, bom,»

O Sr. João Galamba (PS): — Se não houver nenhum comprador!»

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — » aguardemos, então, os desenvolvimentos e esperemos que, em Janeiro, o Sr. Ministro das Finanças já tenha mais alguma resposta.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado José Gusmão.

O Sr. José Gusmão (BE): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Assunção Cristas, de facto, apesar da intervenção que o Sr. Deputado Francisco de Assis fez, no início desta sessão plenária, dizendo que o Partido Socialista quer discutir e esclarecer tudo sobre o BPN,»

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Tudo e mais alguma coisa!

O Sr. José Gusmão (BE): — » lembramos que, no debate orçamental, foi o Partido Socialista — a bancada que o Sr. Deputado Francisco de Assis dirige — e o PSD que chumbaram uma proposta para a elaboração de um relatório sobre o BPN, a ser discutido aqui, na Assembleia da República.

O Sr. Francisco de Assis (PS): — São coisas diferentes! Era o que faltava!

O Sr. José Gusmão (BE): — De facto, o Ministro das Finanças entende que tem o direito de gerir uma conta-corrente e de passar um cheque em branco, com o dinheiro dos contribuintes, para «despejar» dinheiro no buraco sem fundo do BPN,»

O Sr. João Galamba (PS): — Isso é quase uma calúnia!

O Sr. José Gusmão (BE): — » mas não foi tão expedito e empenhado quando se tratou de responsabilizar os accionistas da Sociedade Lusa de Negócios, que estava implicada na fraude do BPN, que mudaram, agora, o nome da referida Sociedade para Galilei, que deve dar voltas na tumba, e preparam-se para continuar alegremente com a sua vida, enquanto o Ministro das Finanças se encarrega de assegurar que serão os contribuintes a pagar pelos crimes do BPN.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Muito bem!

O Sr. José Gusmão (BE): — Quando se discute esta matéria do BPN, é preciso perceber que a escolha da nacionalização não era só a escolha da nacionalização, era a escolha da nacionalização de algo. E verificamos que o CDS-PP, hoje, compreende que fez asneira, juntamente com o Governo, nessa escolha de não responsabilizar os accionistas da SLN.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Isso é espantoso!