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19 | I Série - Número: 062 | 11 de Março de 2011

É um episódio único porque, logo que foi apresentada pelos seus autores, estes se encarregaram de matar o sentido útil desta moção.
É um episódio único porque ficámos a saber, poucas horas depois da sua apresentação, que a moção de censura não se destinava apenas ao Governo; destinava-se também — não fosse o Diabo tecê-las — aos partidos da oposição, designadamente à minha bancada.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Porque será?!

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — É também um episódio único porque é a expressão plena de que não é um exercício de convicção e que, antes pelo contrário, é um exercício de puro tacticismo, de tacticismo político e de tacticismo infantil.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — É que esta moção de censura tem uma única razão de ser: destinou-se, infantilmente, a antecipar-se àquilo que tinha sido anunciado pelo PCP.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Bem lembrado!

Protestos do BE.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, é por isso que esta moção de censura é um exercício de politiquice barata, que tem como alicerces uma dose gigantesca de hipocrisia e de cinismo político.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Este debate é, por isso, ao mesmo tempo, três coisas: uma irrelevância, um frete e um debate que resulta em ricochete político para os autores desta moção de censura.
É uma irrelevância porque esta moção foi «morta» à partida pelo Bloco de Esquerda. Desta moção, como já tivemos oportunidade de ver, não ficou nada. Não ficou uma marca, uma alternativa, uma proposta. É verdadeiramente uma moção de megafone.
Este debate é, como já disse, um frete ao Governo, que teve mais uma oportunidade de se vitimizar, algo que o Governo muito gosta de fazer.
Finalmente, este debate é um acto de ricochete político para o Bloco de Esquerda porque se esta moção de censura era a tentativa de apagar uma derrota pesada nas presidenciais, ela vai ser mais uma derrota a somar à pesada derrota das presidenciais.

Aplausos do PSD.

Risos do BE.

Sr. Primeiro-Ministro, esta politiquice do Bloco de Esquerda não apaga, nem disfarça, nem justifica os erros da política do Primeiro-Ministro e do Governo.
A verdade é que este Primeiro-Ministro é responsável há seis anos pela governação do País.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — E os senhores não têm nada a ver?!