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49 | I Série - Número: 062 | 11 de Março de 2011

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Nós confiamos na pedagogia»

O Sr. Presidente: — A vossa pedagogia é contrária ao défice.

Protestos do BE.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Francisca Almeida.

A Sr.ª Francisca Almeida (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Um País que hipoteca o futuro das gerações mais jovens compromete, decisivamente, o seu próprio futuro. Um governo que esquece, sucessivamente, a juventude e não contempla nas escolhas do presente o futuro das novas gerações não é um governo que governa mas um executivo que «navega à vista», porventura, à vista de um outro mandato mas sem uma visão estratégica para o País ou uma perspectiva de futuro para os portugueses.
Os jovens de hoje já não viveram a Revolução de Abril, nasceram num País democrático e numa República plural, mas não pode dizer-se com propriedade que tenham nascido num País livre, porque não pode haver verdadeira liberdade num País que está a espoliar uma geração do direito a ter ambições, do direito a projectar o seu futuro, em suma, do direito a escrever a sua própria história.
Essa iniquidade manchará para sempre o currículo deste Governo!

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

Porque foi no Portugal deste Governo que o desemprego jovem atingiu o maior número de que há memória.
Porque é no Portugal deste Governo que a geração mais qualificada de sempre se eterniza em estágios, pro bono ou mal remunerados, sem quaisquer perspectivas e nenhuns horizontes.
Porque no Portugal deste Governo os jovens vivem sem expectativas de verem recompensado o dinheiro e o esforço que investiram na sua formação, e sempre, sempre na incerteza de que o muito que descontam em vista da reforma que um dia chegará pode bem já não chegar ao dia em que precisarem dela.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Francisca Almeida (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: É por isso que, para um boa parte dos jovens portugueses, toma foros de ousadia — chega a ser um feito de coragem — teimar em construir, no seu próprio País, um futuro com perspectivas de progressão profissional e de qualidade de vida.
É perversa a ironia! Numa economia anémica, em que importamos quase tudo, damo-nos ao luxo de exportar o nosso futuro: os jovens que educamos e qualificamos para assegurarem o crescimento e progresso de Portugal num amanhã que é cada vez menos distante. Esse é, porventura, um dos maiores factores de empobrecimento do nosso País.

Aplausos do PSD.

De resto, chega a ser ofensivo o entusiasmo com que este Governo celebra cada instante em que coloca nos mercados títulos de dívida a juros que ultrapassam os 7%, porque são os jovens de hoje, os seus filhos e netos, quem vai pagar os custos — todos os custos! — desse endividamento.

O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Muito bem!