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I SÉRIE — NÚMERO 58

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O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Aqui podemos também enquadrar o setor turístico, que tem condições

particulares que lhe permitem prosperar, mesmo nas atuais condições. A boa gastronomia, o clima, a

paisagem, os monumentos, a simpatia, a segurança, a localização geográfica, a tradição e o artesanato são

mais-valias nacionais que, devidamente enquadradas e potenciadas, podem gerar enormes receitas e

contribuir para a recuperação económica. Impõe-se uma diversificação da oferta, com uma aposta no turismo

rural, no enológico, ou até na gastronomia e na cultura.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: É indispensável desenvolver o modelo de diplomacia económica,

agregando recursos existentes ao nível dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Economia, no sentido

de criar e explorar oportunidades para a economia nacional. Citando o atual Ministro dos Negócios

Estrangeiros, Portugal precisa, como de pão para a boca, de política externa económica. A diplomacia

económica responde, de forma eficaz, à globalização da economia. Parece, por isso, positivo que embaixadas

e consulados possam ser também centros de negócios de Portugal, onde se promovem as nossas marcas, os

nossos produtos e as nossas empresas.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Este modelo potencia um ciclo virtuoso, em que a diplomacia e a economia se alavancam mutuamente, em

prol da promoção de Portugal como destino turístico, das empresas portuguesas e das marcas portuguesas no

exterior.

Foi com esse intuito que o Governo promoveu a integração do AICEP (Agência para o Investimento e

Comércio Externo de Portugal) no Ministério dos Negócios Estrangeiros. Estou certo de que os diplomatas

portugueses colocarão os seus conhecimentos e contactos ao serviço do crescimento das exportações e da

captação de investimento externo.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: A inversão do modelo, dirigido à economia nacional para a

internacionalização, é um esforço coletivo. Não depende apenas do Estado e das empresas, mas de cada um

de nós. Todos devemos aceitar com orgulho e empenho a missão de ser embaixadores do nosso País, dos

nossos produtos e da nossa cultura, constituindo uma rede diplomática de quase 11 milhões de pessoas. Com

o advento da globalização e com a massificação das novas tecnologias, todos temos contactos no exterior que

podemos usar para divulgar o que é nosso, para valorizar quem somos e o que fazemos. Seguramente que

esse pequeno esforço da parte de cada um de nós terá um efeito benéfico na melhoria da vida dos

portugueses.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos ao Sr. Deputado Hélder Amaral, os Srs.

Deputados Rui Paulo Figueiredo, Agostinho Lopes e Nuno Filipe Matias.

Entretanto, o Sr. Deputado Hélder Amaral informou que pretende responder individualmente a cada pedido

de esclarecimento.

O Sr. Rui Paulo Figueiredo (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, começo por cumprimentar o

Deputado Hélder Amaral, porque trouxe hoje à Câmara um tema relevante para Portugal e para a economia.

A internacionalização das empresas e a sua conjugação com a diplomacia económica é algo que une os

partidos do arco da governação. Esse foi também um objetivo dos anteriores governos, tendo então o País

tido, também neste domínio, resultados positivos.

O trabalho anteriormente desenvolvido pela AICEP é claramente positivo e ainda bem que o Sr. Deputado

assume que é uma prioridade dar continuidade ao que foi feito.

Do nosso ponto de vista, andámos a perder algum tempo. Foi encomendado um relatório que traçou

variadíssimos cenários, que tivemos oportunidade de debater em sede da Comissão de Economia e Obras

Públicas e da Comissão de Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas. Quase todos concluímos

— sei que o CDS também chegou a essa conclusão, ainda que não a possa assumir — que aquele relatório

tinha muito pouco «sumo», que a qualificação específica nesta área do Dr. Braga de Macedo para o elaborar