29 DE JUNHO DE 2012
11
para que se altere esta situação, fazendo com que Portugal continue a ser autossustentável e autónomo em
matéria de dádivas de sangue.
Esta é uma situação preocupante e importa que, sobretudo as bancadas de direita, decidam se querem
continuar a acompanhar-nos na decisão de manter esta área bem protegida ou se estão disponíveis para
acompanhar o Sr. Ministro e fazer com que Portugal entre, pela primeira vez, numa situação de rutura de
stock, como, neste momento, corre o risco de acontecer.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, agradeço todas as perguntas que me
colocaram. Mas devo dizer que gostei muito das perguntas do PSD, e vou já dizer porquê.
Vozes do PSD: — Obrigado!
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Por exemplo, gostei muito que a Sr.ª Deputada Laura Esperança nos
tivesse acusado de demagogia ou de falta de sensibilidade. Quero perguntar-lhe se no centro de saúde da sua
freguesia não faltam nove médicos!
Risos do PCP.
Faltam, não faltam?
É ou não verdade que no hospital da sua cidade não abriram vagas para o internato médico?!
A Sr.ª Laura Esperança (PSD): — Ainda não!
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — À Sr.ª Deputada Carina Oliveira gostaria de perguntar se não
participou, há tempos, numa vigília contra o encerramento de extensões de saúde em Ourém!?
Risos do PCP.
É ou não verdade que, em Ourém, se diminuiu o horário de funcionamento para as 18 horas e que a Sr.ª
Deputada se manifestou contra essa diminuição?!
Pergunto também se a Sr.ª Deputada não é a relatora da petição que está apresentada contra o
encerramento de serviços no Centro Hospitalar do Médio Tejo, que aguarda o seu relatório, porque a Sr.ª
Deputada não se quer comprometer com o encerramento que está a ser feito nessa matéria.
Aplausos do PCP.
Olhe, Sr.ª Deputada, na segunda-feira, vou participar num debate em Tomar sobre o Centro Hospitalar do
Médio Tejo. Vá lá a Sr.ª Deputada fazer o discurso que fez aqui que eu quero ver se tem coragem de o fazer
em frente às populações e em frente aos profissionais de saúde.
Aplausos do PCP.
Gostaria também de responder à Sr.ª Deputada Luísa Salgueiro e dizer-lhe que, em relação à questão das
dádivas de sangue, todas as informações apontam para o facto de que eliminação da isenção de taxas
moderadoras penaliza severamente as dádivas de sangue.
Não é que as pessoas dessem sangue por causa da taxa moderadora, o problema é que se sentiram
ofendidas por o Estado português não reconhecer a sua postura de dádiva retirando-lhes as taxas
moderadoras.