27 DE SETEMBRO DE 2012
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A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Telmo Correia.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Secretários de Estado, Sr.as
e Srs. Deputados:
Intervirei de uma forma muito breve para dizer que este pequeno debate que aqui tivemos demonstra, até
pelas várias intervenções, uma coisa que para nós é relevante, ou seja, que se trata de uma reforma no
sentido certo e cujos objetivos são louváveis.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Há quem entenda que é muito, há quem entenda que é pouco, mas o
passo dado é no sentido certo. No sentido certo para haver mais transparência e mais rigor, no sentido certo
para existir menos despesa pública, no sentido certo para proteger as fundações enquanto instituições
essencialmente de natureza altruísta, ou seja, proteger a ideia e o escopo dos próprios fundadores. Portanto,
do nosso ponto de vista, este é um passo no sentido certo.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Uma segunda questão: crítica aqui muito ouvida é a questão de saber
se é pouco, se não é pouco, se podia ter sido mais, se não podia ter sido mais.
Neste aspeto, Sr. Secretário de Estado, gostaria de sublinhar uma primeira ideia — e penso que
concordará comigo — que é a seguinte: a quem agora tanto critica porque é pouco, porque se devia ter
cortado mais, porque não é suficiente, porque, na expressão eloquente do Sr. Deputado Carlos Zorrinho, «a
montanha pariu um rato», a pergunta que devemos fazer é quantas fundações criaram e quantas cortaram nos
últimos seis anos de governo? Quantas?
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Quantas fundações reduziu o Partido Socialista, nos seis anos em que esteve no governo?
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Quanta despesa pública cortou o Partido Socialista, nos seis anos em
que esteve no Governo?
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
Protestos do PS.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Não me consigo lembrar, não consigo ver.
De resto, o curioso, para além desta crítica de quem tanto fala agora mas tão pouco fez enquanto
governou, é que esta crítica não é também uma crítica generalizada, porque o PS, na sua versão liderança
parlamentar ou, até, na sua versão direção nacional, acha que é pouco, acha que os sacrifícios são muitos,
acha que quando é para cortar a despesa nunca se corta o suficiente, que o Governo devia ter cortado ainda
mais despesa, mas isto é o PS aqui, porque se for o PS do Dr. Vítor Ramalho, que, tanto quanto sei, não é
propriamente um militante do PSD nem do CDS-PP, vai buscar o Salazar, se for preciso, para não cortarem na
instituição que ele dirige.
Risos do CDS-PP.
E se formos buscar o PS Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso ou o Presidente da Câmara
Municipal de Viana do Castelo, bom, aí, não toquem nas nossas fundações! Aí já não se pode cortar nada!