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6 DE OUTUBRO DE 2012

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Primeiro: credibilidade e confiança. Sr. Primeiro-Ministro, quer falar-nos de credibilidade deste Governo?!

Quer mesmo falar de credibilidade deste Governo?! O Sr. Primeiro-Ministro falou de «monólogo interior» da

oposição. Sabe, algum Ministro de Estado, sentado ao seu lado — eu não sou de intrigas, não vou dizer

quem!… —,…

Vozes do PSD: — Oh!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — … deve estar com o seguinte monólogo interior: «Se me perguntaram se

eu sabia, eu sabia! Se me perguntaram se eu apresentei alternativas, eu apresentei! Se me perguntam se eu

quero aumento de impostos, é claro que quero porque estou por tudo!». É assim o monólogo interior do

Governo. Credibilidade, não tem! Não tem credibilidade! Não tem!

Aplausos do BE.

Risos do PS.

Isto é um assalto, é um bombardeamento. É um Governo sem credibilidade!

Depois, fala-nos de défice externo. Sr. Primeiro-Ministro, um pouco de decência e decoro. A Grécia já

atingiu o superavit comercial. Parece que está muito melhor do que nós…! Pois, vá por esse caminho, Sr.

Primeiro-Ministro. Leve Portugal por esse caminho, e vai bem…!

Em Portugal, está a triplicar a exportação de fios e de anéis de ouro das famílias. Os senhores não sabem

o que está a passar-se?! Chamam a isso corrigir o défice externo?! Chamam a isso melhorar a economia do

País?!

Em terceiro lugar, a renegociação. Sr. Primeiro-Ministro, é preciso andar com uma candeia para encontrar

alguém numa universidade, alguém no seu Governo ou alguém nestas bancadas que diga que não é preciso

fazer a renegociação da dívida. Aliás, ontem, fizeram uma «renegociaçãozinha» e festejaram-na! Foi o que

fizeram!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — É verdade!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Mas olhe para Bagão Félix, olhe para o Presidente da República. O

senhor encontra alguém credível, na direita, que lhe diga que é preciso não mudar nada, que devemos, daqui

a dois anos, pagar em serviço da dívida e juros abusivos tanto como pagamos em Serviço Nacional de Saúde

ou em escola pública, que devemos pagar tanto nos juros e no serviço da dívida como pagamos na segurança

social que está a ser arruinada?! Não encontra ninguém senão fanáticos que querem destruir tudo!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ainda o vamos ver anunciar Jesus Cristo!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Por isso, quanto às suas três razões, Sr. Primeiro-Ministro, não nos fale

de estarmos todos, em abstrato, de acordo, porque todos, em concreto, sabemos por onde leva o País. E é

por isso que deve ser demitido!

O Sr. Primeiro-Ministro deve ser demitido por fraude eleitoral. O Sr. Primeiro-Ministro dizia, com aquele

entusiasmo que tinha na altura e que agora perdeu: «Se formos Governo, posso garantir que não será

necessário despedir nem cortar salários». É vê-los…!

Deve ser demitido por gestão danosa da causa pública. O Sr. Primeiro-Ministro fala-nos de diminuição da

despesa?! Então, o senhor corta nos rendimentos dos reformados e, no Excel, coloca-os na redução da

despesa?! Tira salários e é redução da despesa!? Corta no Serviço Nacional de Saúde e chama-lhe redução

da despesa?! Tem o atrevimento de dizer perante este País, perante as pessoas que sofrem, que isso é

redução da despesa?!

O Sr. Primeiro-Ministro deve ainda ser demitido por assalto fiscal. O que nos disse agora é extraordinário:

que não tem outra explicação senão a de que isto é «para ser mais justo». Mais justo?! O senhor aumenta