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6 DE OUTUBRO DE 2012

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Há, Sr. Primeiro-Ministro, alternativa! Há alternativa à receita da troica, que o senhor zelosamente aplica,

uma alternativa na União Europeia e uma alternativa no euro. Incompatível com o euro é a política de

bancarrota que o Sr. Primeiro-Ministro conduz.

Durante 15 meses, o Governo comportou-se como uma espécie de agência dos credores internacionais da

nossa dívida pública e não, verdadeiramente, como o Governo da República. E 15 meses, Sr.as

e Srs.

Deputados, é tempo suficiente para o País perceber que não pode contar com este Governo para defender os

interesses do País e para bater o pé à Sr.ª Merkel, ao Sr. Barroso, ao Banco Central Europeu e ao FMI.

Um Governo que não conta para bater o pé a quem se tem de bater o pé é um Governo que está a mais, é

um Governo que deve ser demitido!

Para vencer a crise é preciso vencer a chantagem da dívida e dos credores e o primeiro passo para vencer

essa chantagem é, precisamente, romper com a troica e denunciar o Memorando.

Precisamos, Sr.as

e Srs. Deputados, de quem fale verdade lá fora e cá dentro e que faça o que é inadiável

fazer: renegociar a dívida e renegociar os seus prazos e as suas condições.

A renegociação da dívida é a condição para o seu pagamento e para a reanimação da economia e a

criação de emprego. A renegociação da dívida é a condição essencial, é o primeiro passo, para o País vencer

a crise e se libertar da tirania da dívida.

Renegociar a dívida não é, Sr.as

e Srs. Deputados, uma vergonha nacional, nem uma derrota para o País;

renegociar a dívida é a única saída para resgatar o País, é a única saída para devolver a esperança aos

portugueses e dizer-lhes que não estamos condenados ao empobrecimento.

Ao contrário do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados, Portugal, este País, o nosso País, tem futuro.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, a Sr.ª Deputada Teresa Leal Coelho inscreveu-se para pedir

esclarecimentos, mas não oportunamente, pelo que só usará da palavra se houver consenso.

Pausa.

Uma vez que ninguém se opõe, tem a palavra, Sr.ª Deputada Teresa Leal Coelho.

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado João Semedo, sei que ontem foi um

dia triste para essa coligação para a censura. E foi um dia triste, porque foi marcado por um momento histórico

importantíssimo, o Dia da Unidade da Alemanha. A partir desse dia, pôde a Sr.ª Merkel transpor o espaço do

Muro de Berlim e ser eleita por sufrágio universal, direto e secreto, que é aquilo que contestam nesta Casa.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

Protestos do PCP e do BE.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Tinha de vir a Merkel!

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — A verdade é que os senhores querem uma alternativa de coligação

sustentada por aquilo que interpretam e que veem nas ruas, mas, se forem consultar os dados do último

sufrágio realizado em Portugal, verão que os portugueses escolheram esta coligação para governar Portugal.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Foram enganados!

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — É este o Governo legítimo de Portugal!

O Sr. Deputado João Semedo diz que se fala de um país que não se conhece, que essa coligação não

conhece. Explico-lhe, Sr. Deputado João Semedo: não conhece, porque os senhores não estão na «Terra da

Fantasia» nem na «Terra do Nunca», nem na terra da Alice; os senhores estão na terra dos anos 80, os