I SÉRIE — NÚMERO 8
72
que nós, Bloco de Esquerda, teríamos votado a favor de uma moção de censura contra a TSU. Bom, o Partido
Socialista, às vezes, está um pouco como os interruptores: uma vez, para cima, outra, para baixo — e hoje
falhou.
Mas nós não queremos deixar essa responsabilidade. É que, enfim, o Partido Socialista lá partilhará as
suas responsabilidades políticas com o Memorando da troica, mas nós dizemos frontalmente: é necessário
alargar a oposição, caminhar mais rápido para eleições, para dar a palavra ao povo, para encetar uma política
alternativa.
Portanto, quem quer ficar pelo caminho, deixando, em nome da estabilidade política, toda esta
instabilidade, estará talvez a impor um sacrifício excessivo ao povo português, que não o merecia. E os
partidos censurantes, hoje aqui, têm um dever indeclinável de responsabilidade, de cidadania, que certamente
será reconhecido, não pelo Governo, de quem já nada esperamos, mas por muitos dos nossos concidadãos e
concidadãs.
Aplausos do BE.
A Sr.ª Presidente: — Com esta intervenção, termina o debate das moções de censura n.os
2 e 3/XII (2.ª).
Vamos, agora, proceder à votação. Como os Srs. Deputados sabem, a votação das moções de censura
será feita por um método conjunto de levantados e sentados com marcação eletrónica do voto. Não vou fazer
verificação do quórum porque a mesma está implícita na marcação eletrónica do voto.
Srs. Deputados, vamos, então, acionar o sistema eletrónico e começar por votar a moção de censura n.º
2/XII (2.ª) — Em defesa da Constituição e do direito ao salário e às pensões (BE).
Submetida à votação, não obteve os votos da maioria absoluta dos Deputados em efetividade de funções,
tendo-se registado 129 votos contra (107 do PSD e 22 do CDS-PP), 24 votos a favor (14 do PCP, 8 do BE e 2
de Os Verdes) e 65 abstenções (PS).
O resultado eletrónico confirma o anúncio que a Mesa acaba de dar da votação.
Srs. Deputados, passamos à votação da moção de censura n.º 3/XII (2.ª) — Pôr fim ao desastre — rejeitar
o pacto de agressão, por uma política patriótica e de esquerda (PCP).
Submetida à votação, não obteve os votos da maioria absoluta dos Deputados em efetividade de funções,
tendo-se registado 129 votos contra (107 do PSD e 22 do CDS-PP), 24 votos a favor (14 do PCP, 8 do BE e 2
de Os Verdes) e 65 abstenções (PS).
Do mesmo modo que no caso anterior, o quadro eletrónico confirma o resultado indicado pela Mesa.
A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — Peço a palavra, Sr.ª Presidente.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra.
A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — Sr.ª Presidente, é para informar que já entreguei eletronicamente uma
declaração de voto relativamente a estas duas votações.
A Sr.ª Presidente: — Fica registado, Sr.ª Deputada.
Srs. Deputados, termina aqui o debate das moções de censura n.os
2/XII (2.ª), do BE, e 3/XII (2.ª), do PCP.
Cumprimento os Srs. Deputados, o Sr. Primeiro-Ministro, os Srs. Membros do Governo, os Srs. Jornalistas,
desejando a todos muito boa tarde.
A próxima sessão plenária realiza-se no dia 10, quarta-feira, e terá como ordem do dia um debate de
urgência, requerido pelo PS, sobre privatizações; a discussão conjunta, na generalidade, da proposta de lei n.º
96/XII (2.ª) — Introduz alterações ao Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, ao
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, ao Código do Imposto do Selo e à Lei Geral
Tributária, e do projeto de lei n.º 300/XII (2.ª) — Determina o princípio do englobamento das mais-valias em