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11 DE OUTUBRO DE 2012

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A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado João

Galamba.

O Sr. João Galamba (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Secretários de Estado, Sr. Secretário de Estado do

Orçamento, estava à espera que, na análise da Conta Geral do Estado de 2010, o Sr. Secretário de Estado

relembrasse aqui alguns factos relevantes.

O primeiro é, provavelmente, a maior fraude estatística que este País já conheceu: falo da Madeira, Sr.

Secretário de Estado,…

Aplausos do PS.

… de um dos partidos que suportam o Governo, e que, misteriosamente, é omitido, quer na sua

intervenção, quer na intervenção do PSD, quer na do CDS.

O que o Sr. Secretário de Estado e os Srs. Deputados do PSD e do CDS disseram foi que houve desvios

muito significativos, mas, já agora, podiam ter dito aos portugueses que, uma parte muito significativa deles, se

deve a uma fraude estatística ilegal, feita pelo Governo Regional da Madeira. Sr. Secretário de Estado, e isso,

aparentemente, não o preocupa.

Aplausos do PS.

É um pequeno pormenor! Há um Governo Regional que mente e que comete uma ilegalidade estatística e

o Secretário de Estado do Orçamento considera que é um pequeno pormenor! Tão pormenor que nem merece

ser referenciado aqui, Sr. Secretário de Estado! Isso é preocupante.

Mas não é só isto, Sr. Secretário de Estado: podia também ter falado de uma despesa com submarinos de

2 000 milhões de euros, que também esteve implicada no desvio da Conta Geral do Estado para 2010. Não

falou, Sr. Secretário de Estado!

Aplausos do PS.

Também não falou de outra coisa: segundo o INE, na execução orçamental, o défice foi de 6,8%. Ora, os

9,1% nada têm a ver com a execução orçamental mas com a Madeira e com o alargamento do perímetro

orçamental, que, em bom rigor, não decorre da execução orçamental, Sr. Secretário de Estado. Também

estava à espera que dissesse isto aqui.

Para finalizar, Sr. Secretario de Estado, não nos fale de rigor orçamental, porque se há alguém nesta Sala

que não tem qualquer credibilidade e que demonstrou ser profundamente incompetente quer na apresentação

quer na execução do Orçamento, foi o Sr. Secretário de Estado!

Portanto, Sr. secretário de Estado, tenha pudor aquando acusa outros de incompetência.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade: — Peço a palavra, Sr.ª

Presidente.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para que efeito, Sr.ª Secretária de Estado?

A Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade: — Sr.ª Presidente, para pedir

a sua intervenção nos excessos de linguagem de que este Parlamento se está a tornar useiro e vezeiro.

Protestos do PS, batendo com as mãos nos tampos das bancadas.