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I SÉRIE — NÚMERO 12

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Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado António Braga.

O Sr. António Braga (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.a Deputada Ana Drago, muito obrigado pelas referências

que fez à vitória do Partido Socialista nos Açores. É assim que também nós vemos as eleições. Os resultados

apuram-se, respeitam-se e reconhece-se a genuinidade da ação que resulta, designadamente a recondução

do Partido Socialista nos Açores.

Como viu — insisto —, da nossa parte, há a humildade democrática de olhar para os resultados e de defini-

los tal como eles são, não dizendo mais nada do que isso. A vontade expressa do povo açoriano ficou ali

registada, e assim continuará. Em democracia, é assim mesmo.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António Braga (PS): — Sr.a Deputada, quanto ao resto, queria dizer que a acompanhamos

totalmente, e ao seu partido, nas preocupações sociais que emanam do seu discurso, designadamente

aquelas que têm a ver com somar austeridade à austeridade, esmagando famílias, empresas e pessoas,

impedindo, dessa maneira, que haja alguma esperança para reganhar um futuro para todos nós,

nomeadamente para aqueles que são os mais desfavorecidos e os mais desprotegidos para resistir a esta

austeridade cega sem limite.

Sr.ª Deputada, o Partido Socialista tem vindo a anunciar repetidamente que uma das questões que tem

colocado em cima da mesa, a nível europeu nomeadamente, é a capacidade para encontrarmos mais espaço

e melhores condições para pagar a dívida. Nesse sentido, temos vindo a confirmar junto de parceiros

europeus igual preocupação, de resto, o Sr. Presidente de França acabou também de anunciar justamente

que esse é o caminho, de ajuda e de cooperação.

Obviamente que queremos pagar a dívida, mas temos de ter condições para pagar essa dívida. Uma

dessas condições é tempo; a outra é, naturalmente, a diminuição dos encargos com o financiamento da

própria dívida.

Sr.ª Deputada, tem toda a razão quando refere que no interior da coligação parece haver, hoje, um passa-

culpas: este Orçamento não é de ninguém. A declaração, em que ninguém reparou provavelmente, do porta-

voz do PSD, que veio hoje dizer que o Orçamento não é do PSD, e o silêncio do CDS parecem querer dizer

que o Orçamento não tem ninguém como autor. Mas, então, o Governo não se suporta numa coligação que

tem dois partidos, aqueles que estão sentados à direita no Parlamento? Este é o ponto essencial: perceber

que este Orçamento é tão mau que os próprios autores negam a sua autoria.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de Almeida para pedir esclarecimentos.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado António Braga, queria, em

primeiro lugar, felicitá-lo e, na sua pessoa, felicitar o Partido Socialista pela vitória clara que obteve nas

eleições para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores. Tive oportunidade de participar

empenhadamente nessa campanha eleitoral, sou testemunha da forma como correu o ato eleitoral e da

clareza dessa mesma vitória.

Permita-me que saúde também Artur Lima e, na sua pessoa, o CDS dos Açores, que fizeram uma

campanha empenhada e que tiveram a coragem, no momento dos resultados, de assumir um resultado que

não era positivo e, tendo um resultado que não era positivo, assumi-lo como uma derrota. É importante em

democracia sabermos ganhar, sabermos perder e sabermos tirar a conclusão certa do resultado que temos

em cada momento.

Aplausos do CDS-PP.