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18 DE OUTUBRO DE 2012

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Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado João Serpa Oliva, tem a palavra.

O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Miguel Santos, começo por agradecer

a questão que colocou.

Em primeiro lugar, aquilo que deve ser realçado é que a esquerda está, efetivamente, muito calada, porque

— e temos de fazer aqui um elogio, diria, rasgado ao Sr. Ministro da Saúde, Paulo Macedo — realmente, não

encontra terreno.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Trata-se, efetivamente, de uma grande personalidade deste Governo, a quem endereçamos saudações e

desejamos que prossiga o seu caminho de reformas tranquilas e não mediatizadas, como é apanágio de

outros governos e de outras medidas tomadas em anteriores governos.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — Realmente, tem-se feito um esforço notável a nível de saúde. Tão

notável que bastava ouvir a reunião, de hoje de manhã, da Comissão de Saúde, em que foram chamados pelo

Bloco de Esquerda e pelo Partido Socialista quer o Presidente do INEM, quer o Presidente do Instituto

Português do Sangue e Transplantações, para verificar que foi completamente desmanchado tudo aquilo que

tinha passado inadequadamente para os jornais, porque, infelizmente — queixemo-nos disso —, só passam

as más notícias e muito pouco as boas notícias. Hoje, tivemos na Comissão de Saúde uma manhã notável sob

o ponto de vista das reformas que estão a ser empreendidas a nível destes dois vetores de que vos falei.

Como tal, Sr. Deputado Miguel Santos, penso que o facto de a esquerda não falar é exatamente sinal do

êxito pleno que a saúde, em Portugal, vai tendo.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — A próxima declaração política é do PCP.

Tem a palavra o Sr. Deputado João Ramos.

O Sr. João Ramos (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: O setor da restauração começou a entrar

em desespero. A morte anunciada do setor da restauração foi prevista e denunciada pelos empresários do

setor, pelas suas organizações representativas, mas também pelo PCP.

Este é um setor com cerca de 90 000 empresas que cria centenas de milhares de postos de trabalho e, por

isso, merece respeito. É um setor que teve uma quebra de vendas da ordem dos 30% entre julho de 2011 e

julho de 2012, em grande parte como consequência do gravoso Orçamento do Estado deste ano, aprovado

pela maioria governamental e com a violenta abstenção do PS.

Desde a apresentação da proposta de Orçamento do Estado — faz agora um ano — que o PCP não se

tem cansado de alertar para a gravidade da medida, gravosa para o setor e para a economia nacional.

Neste sentido, o Grupo Parlamentar do PCP apresentou, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado,

propostas para evitar o imenso desastre em curso. Em fevereiro último, o Secretário-Geral do PCP reuniu com

empresários da restauração e voltou a abordar este assunto. Em abril, voltámos a trazer o problema à

discussão, através de uma declaração política. O Grupo Parlamentar do PCP, em maio, apresentou também

um projeto de lei para reduzir a taxa de IVA para 13%, infelizmente chumbado pela maioria.

Voltamos hoje ao assunto, quando é cada vez mais evidente a asfixia que as políticas deste Governo estão

a infligir ao setor. Um setor que tem sido atacado com o aumento da carga fiscal, nomeadamente o aumento

do IVA de 13% para 23%, a não resolução do problema do IVA de caixa, as taxas bancárias para pagamentos

eletrónicos. Depois de ouvir a Autoridade da Concorrência e o Banco de Portugal, temos a certeza de que

ninguém quer intervir, incluindo o Governo, para ultrapassar este problema.