19 DE OUTUBRO DE 2012
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Protestos do Deputado do PCP Miguel Tiago.
Neste momento, em 15 meses, assinámos cerca de 100 contratos com empresas estrangeiras e com
empresas nacionais, com pequenas empresas e com grandes empresas, empresas que querem explorar,
pesquisar e, obviamente, utilizar este recurso nacional para bem de todos.
Estamos também a falar a um nível de royalties, porque, até há muito pouco tempo, muitos desses
contratos nem sequer tinham royalties e nós, pela primeira vez, estamos a estabelecer esses royalties para
defender o interesse público.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É mais o interesse privado!
O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Estamos a reabilitar o setor mineiro, estamos a apostar no
setor geológico, porque acreditamos que pode ser um dos motores do crescimento económico nacional.
O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Isso não é nenhuma estratégia! Nem organizar sabem!
O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Em relação às perguntas do Sr. Deputado José Luís
Ferreira, é verdade que a produção nacional é muito importante e, por isso mesmo, o programa Portugal Sou
Eu, a aposta nos produtos nacionais, a aposta na produção nacional é essencial para conseguirmos dar a
volta à situação.
Gostaria de terminar, simplesmente, com a parte final do meu discurso.
O Sr. Honório Novo (PCP): — Poupe-nos, Sr. Ministro!
O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Nós sabemos que este é um Orçamento difícil; no entanto,
muita gente pensava que não seria possível, com um Orçamento difícil, ter um pacote de medidas fortes para
o investimento, para o crescimento e para o emprego.
Este Governo provou que isso é possível. Aliás, faz todo o sentido aliar a consolidação orçamental a
medidas de crescimento económico, como nós aqui apresentámos.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E os despedimentos, Sr. Ministro do Emprego?
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos entrar num novo momento do debate, reservado a
intervenções. Estão desde já inscritos, para intervir, os Srs. Deputados Pedro Jesus Marques, do PS, Catarina
Martins, do BE, e Pedro Lynce, do PSD. O Governo também está inscrito para intervir.
Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Jesus Marques.
O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Ministros, Sr.as
e Srs. Secretários de
Estado, Sr.as
e Srs. Deputados: O vosso caminho, a vossa escolha — um Orçamento de falhanço e de
teimosia. Eis o que nos apresentaram, há dias, nesta Assembleia. E um falhanço clamoroso.
Um ano depois, 10 000 milhões de euros de austeridade depois, muito para lá da troica, como hoje aqui
reconheceu um Deputado do PSD, diz-nos o Governo que, nesse Orçamento, o défice de 2012 ficará, sem
medidas one-off, em, pelo menos, 7,4% do PIB. Ou seja, igual ou pior do que o défice do ano anterior!
Aplausos do PS.
Um falhanço que custa muito caro aos portugueses: novo corte de subsídios e pensões, uma sobretaxa de
IRS e, pelo menos, 2500 milhões de euros de impostos a mais. Tudo isto só para pagar o vosso falhanço de
2012!