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I SÉRIE — NÚMERO 13

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Uma teimosia numa receita que custará demasiado caro ao País, uma teimosia que já desfez por dentro

uma coligação, ao mesmo tempo que ia desfazendo um País. A credibilidade destruída de quem prometeu a

consolidação sem dor, a consolidação pelo corte das gorduras. Agora, o número dois do PSD veio dizer, em

jeito de aviso ao parceiro de coligação, que via com muita dificuldade os cortes da despesa, que o corte das

gorduras já está feito, que a despesa que resta é com educação, saúde e segurança social.

Que conclusão se pode, então, tirar? Que o PSD tirou o tapete ao Ministro das Finanças, que anunciou

que, para 2014, era só corte de despesa? Não! Que este partido, esta maioria, este Ministro das Finanças

dizem já o que for preciso, o que tiver de ser para sobreviver no imediato, e depois se verá, pois têm já a

profunda convicção de que o Orçamento para 2014, esse, já não será este Governo a fazê-lo.

Aplausos do PS.

Quanto ao agora dado por concluído corte das gorduras, não ficam sem resposta: o corte dos consumos

intermédios, que agora deram por concluído, foi, em 2012, muito inferior ao de 2011 — foi de 7,9% em 2011 e

de 2,8% em 2012, três vezes menos!

Fracasso, fracasso irremediável da maior mentira política com que chegaram ao Governo, particularmente

o PSD de Passos Coelho!

Aplausos do PS.

A outra promessa — essa era dos dois parceiros da coligação — era que bastava de aumentos de

impostos. Anunciavam que vinham para o Governo para pôr fim ao bombardeamento fiscal.

Chegados ao Governo, outra coisa não têm feito: foi a metralhadora do IVA em 2012 e, agora, a bomba

atómica do IRS em 2013 — mais de 30% de aumento do IRS e um aumento profundamente injusto. Não

disfarçarão esta realidade, nem distribuindo contas mal feitas aos Deputados da maioria. Uma família, em que

cada um ganhe 1000 € por mês, verá duplicado o seu IRS em 2013, mas se os rendimentos forem muito

superiores, de 2500 € por mês, o aumento já só será de 25%. Que pague a classe média, que rebente a

classe média, porque aqui a imaginação de Gaspar não deu para mais!

Quanto à outra bandeira, a das PPP…

Protestos do PSD.

Sim, o corte das PPP!

Vozes do PS: — Uma vergonha!

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Então, um ano da vossa governação redunda num aumento líquido

dos encargos das PPP em 10 milhões de euros, em 2013, por comparação com o que anunciavam há um ano

atrás?!

Aplausos do PS.

É isto que têm para mostrar como resultado da vossa governação, que iria pôr na ordem estas despesas

das PPP?

Incompetência política e muito descaramento quando se tratou de fazer promessas vãs.

Protestos da Deputada do PSD Conceição Bessa Ruão.

Outra bandeira: a ética social na austeridade. Sim, a ética social na austeridade, que se transformou, afinal,

em descaramento social na austeridade.

Houve promessas de apoio à emergência social: um aumento nunca visto de 200 milhões de euros para a

emergência social e 30 milhões de euros para os consumidores pobres de eletricidade e gás. Contudo, até ao