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I SÉRIE — NÚMERO 16

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senhores, durante seis anos, estiveram a fazer em nome de um só objetivo: ganhar votos. E isso os

portugueses não esquecem.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr.ª Deputada Mariana Aiveca, o pedido de esclarecimentos era para

si, pelo que tem a palavra para responder.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Nuno Magalhães, em nome da troica, os

senhores estão a destruir o Estado social, e o senhor sabe-o bem. Mas, pior do que isso, é o facto de os

senhores não conseguirem cumprir os compromissos que a troica impõe e, por isso, a dívida vai aumentar —

o senhor sabe bem do que estamos a falar.

Queria dizer-lhe que, lamentavelmente, não conseguiu defender o Ministro Pedro Mota Soares.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Não é possível!

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Não pode, não é capaz! Não consegue justificar o segundo grande corte

nas prestações sociais e o anúncio do terceiro. Não consegue!

O Sr. Deputado vai ter de ouvir as diferenças do CDS e do então Deputado Pedro Mota Soares quando

defendiam os idosos e os pensionistas, quando apelidavam de «confisco» o Código Contributivo… Vou ter de

recordar-lhe que o mesmo Ministro Pedro Mota Soares dizia, dentro da sua ética e moral social-cristã, que

tinha de defender os idosos, e andou em todos os lares! O Ministro Pedro Mota Soares vá dizer, agora, a um

idoso que recebe 94 € de complemento por dependência, porque não se pode mexer, que isso é muito, que o

Estado não pode pagar tanto! Que ele tem de ser solidário com o Estado e que terá de resolver o problema só

com 84 €! E vá dizer ao desempregado que recebe 419,22 €: «Isso é muito!…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Não é verdade! Era grave se fosse verdade, mas não é!

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — … Vai ter de viver com 394 €, e está cheio de sorte porque eu, em menos

de 48 horas, consegui negociar isto na concertação social, porque o subsídio era para ser 374 €».

Lamentavelmente, os senhores vão ter de dizer a esses idosos e idosas que romperam com o

compromisso eleitoral que fizeram com eles. Daí, também, o grande mal-estar que têm com o PSD e o grande

balanço em que estão, na defesa do vosso Ministro, porque não é só o Ministro das Finanças que diz: «Essa

parte não é nada comigo, é com o Ministro Mota Soares». Parece que a vossa bancada também diz, nesta

intervenção: «Isso não é nada com o CDS, parece que é com outros lados quaisquer!»

Sr. Deputado Nuno Magalhães, lamento dizer, mas o Sr. Deputado Abel Baptista fez bem melhor a defesa

da Ministra Assunção Cristas!

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge

Machado.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Mariana Aiveca, a primeira questão que

queria colocar é a de saber se o CDS fica ou não mal nesta fotografia. Nós consideramos que o CDS fica

muito mal nesta fotografia porque, durante a campanha eleitoral, «encheu a boca» a falar dos pobres e de

justiça para os mais fracos, falou e abusou do tema dos reformados, e a primeira medida que este Governo

tomou, mal assumiu as suas funções, foi exigir a devolução de milhares de euros de prestações sociais a

quem recebe tostões, efetivamente. Foi logo a primeira medida, Sr.ª Deputada!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Bem lembrado!