I SÉRIE — NÚMERO 31
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Aplausos do CDS-PP e do PSD.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado da
Solidariedade e da Segurança Social.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mais demagogia!
O Sr. Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada
Sónia Fertuzinhos, a avaliação que o Governo faz é excelente, por isso é que, em 2013, vai ter mais 200
técnicos a ajudar essas pessoas nas instituições sociais. E, já agora, Sr.ª Deputada, também podia dizer como
é que o seu Governo, o Governo que a senhora apoiou, reduziu a verba em 120 milhões, de 2010 para 2011,
relativamente ao RSI e como pensava apoiar as famílias com essa redução.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana
Aiveca.
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Andar na rua de cabeça erguida
precisam os desempregados, e só andam de cabeça erguida se o Governo tiver a capacidade de contribuir
para a criação de emprego. Quem não pode andar de cabeça erguida é o Governo, que toma estas medidas
relativamente aos mais pobres.
Este não é trabalho socialmente útil, é um trabalho que tem horário, subordinação hierárquica, regime de
faltas. É um trabalho que deveria ser trabalho de facto, pago por isso, não é a esmola de que o Sr. Deputado
do PSD João Figueiredo nos vem aqui falar com um ar terrível.
O Sr. Deputado diz que dar subsídio de refeição, subsídio de transporte e de seguro é suficiente?!
O Sr. João Figueiredo (PSD): — Eu não disse nada disso!
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — O senhor diz que isso faz com que se ande de cabeça erguida, mas eu
digo-lhe que isso é uma esmola. O que os senhores têm obrigação de dar é salário por essas 15 horas…
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Queira terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Termino já, Sr. Presidente.
Como dizia, o que os senhores têm obrigação de dar é salário por essas 15 horas que as pessoas
trabalham, porque o trabalho só é digno se for pago. Este é trabalho à borla, e os senhores querem fazer
vergar os desempregados, os senhores querem fazer vergar os mais pobres, os senhores querem conduzir-
nos ao tempo da escravatura.
Aplausos do BE.
Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente António Filipe.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos.
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Secretária de Estado, Sr.as
e Srs. Deputados, vou
voltar a repetir: dos 290 000 beneficiários do RSI, 100 000 são crianças e jovens, 100 000 têm uma ocupação
ou emprego, 30 000 frequentam ações de formação, 50 000 têm idades acima dos 50 anos, e todas as
famílias estão abrangidas por acordos de inserção em parceria com as IPSS. Isto quer dizer que há hoje
instrumentos de reinserção social e profissional de todos os beneficiários do RSI.