I SÉRIE — NÚMERO 31
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Relativa ao projeto de resolução n.º 519/XII (2.ª):
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda tem defendido sempre na Assembleia da República a sua
oposição a processos de privatização que alienam setores e empresas que são estratégicas na definição de
uma política pública de modernização e desenvolvimento económico.
Nesse sentido, discordamos de forma clara e veemente da maioria da argumentação apresentada pelo
Grupo Parlamentar do Partido Socialista na exposição de motivos que sustenta o projeto de resolução n.º
519/XII (2.ª), de que esta é uma questão de processo ou de tempo escolhido para a privatização da ANA.
Entendemos que essa privatização não é hoje e não será no futuro positiva ou benéfica para o País e para a
economia portuguesa.
Contudo, porque as intenções do Governo são conhecidas, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda
votou a parte resolutiva deste projeto de resolução, dado que esta permitiria — caso aprovada — ter uma
resolução da Assembleia da República que recomendaria ao Governo a suspensão do processo de
privatização da ANA.
Parar esta privatização é o que nos parece importante, razão pela qual votámos favoravelmente a proposta
em questão.
As Deputadas e os Deputados do Bloco de Esquerda, Ana Drago — Luís Fazenda — Pedro Filipe Soares
— Cecília Honório — Catarina Martins — Helena Pinto — João Semedo — Mariana Aiveca.
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Relativa ao texto final, apresentado pela Comissão de Educação, Ciência e Cultura, relativo ao Decreto-Lei
n.º 202/2012, de 27 de agosto, que procede à primeira alteração do Estatuto do Bolseiro de Investigação,
aprovado em anexo à Lei n.º 40/2004, de 18 de agosto [apreciação parlamentar n.º 37/XII (2.ª) (PS)]:
O Grupo Parlamentar votou favoravelmente o texto final, apresentado pela Comissão de Educação, Ciência
e Cultura, relativo ao Decreto-Lei n.º 202/2012, de 27 de agosto, que procede à primeira alteração do Estatuto
do Bolseiro de Investigação, aprovado em anexo à Lei n.º 40/2004, de 18 de agosto, pese embora a quase
nula modificação que introduz no diploma alterado. Na verdade, seria necessário ir muito além do que foi
alterado, nomeadamente nos direitos do bolseiro e nas questões de consideração e presunção de relação
laboral resultante de trabalho de investigação.
Todavia, não pode o PCP deixar de considerar que a alteração introduzida, ainda que menor, é melhor que
a formulação inicial do Governo. A versão inicial penalizava diretamente o bolseiro por falsas declarações que
lhe eram alheias e essa questão fica, de certa forma, mais clara ao responsabilizar estritamente quem produz
as falsas declarações, particularmente no caso de serem da autoria do orientador do projeto.
O diploma não resulta bom, nem justo, nem adequado. Todavia, a votação incidia especificamente sobre a
norma acima referida e sobre esse único artigo. Nesse sentido, tendo em conta o ponto de partida, o PCP
considerou positiva a alteração, pesem ainda assim as reservas que colocou no debate na especialidade em
sede de Comissão de Educação e Ciência e que estão disponíveis para consulta.
O Deputado do PCP, Miguel Tiago.
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Relativa ao texto final, apresentado pela Comissão de Economia e Obras Públicas, relativo à proposta de
lei n.º 85/XII (1.ª):
O PCP votou contra a proposta de lei n.º 85/XII (1.ª), apesar da melhoria de algumas normas legais de
enquadramento da atividade dos feirantes, aliás, em parte resultantes de propostas para o debate, na
especialidade, do Grupo Parlamentar do PCP, por duas razões fundamentais:
1 — A não consideração, de forma adequada, de propostas que também fizemos, procurando dar
expressão a preocupações das associações de feirantes, nomeadamente no artigo 2.º (mantendo os outlet à