I SÉRIE — NÚMERO 35
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O Sr. Secretário de Estado do Emprego: — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Nesta intervenção
final, gostaria de sublinhar alguns pontos importantes desta proposta, pontos esses que ficaram bastante
explícitos no decurso deste debate.
Para já, um ponto relacionado com a capacidade de reformismo, de implementação de novas iniciativas por
parte do Governo, sobretudo numa conjuntura de adversidade que é aquela que, como todos sabemos,
atualmente estamos a atravessar.
É importante desenvolver novas iniciativas, precisamente aquelas que venham ao encontro das
preocupações dos trabalhadores. Repito, inclusive, as palavras do Sr. Deputado Nuno Sá, quando refere que
esta é uma medida que pode fazer a diferença. É com certeza uma medida positiva que pode fazer a
diferença, no sentido em que vai permitir a antecipação do pagamento de remunerações.
Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.
Sublinho também a intervenção do Sr. Deputado Jorge Machado, quando diz que os subsídios são
salários. Faz todo o sentido, particularmente numa altura como a atual, que os trabalhadores portugueses,
nomeadamente do setor privado, tenham a oportunidade de receber parte dos subsídios de férias e de Natal a
que têm direito.
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Parte!…
O Sr. Secretário de Estado do Emprego: — É uma medida interessante e importante que vai permitir que
os trabalhadores portugueses possam suportar a atual conjuntura de austeridade de uma maneira mais de
acordo com os seus interesses e com as suas necessidades.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Terminámos o debate, na generalidade, da proposta de lei n.º 110/XII
(2.ª), que será votada no final da ordem do dia de hoje.
Vamos passar à apreciação do projeto de resolução n.º 378/XII (1.ª) — Recomenda ao Governo o
aprofundamento, revendo, do Regulamento das Contrastarias, a intensificação e alargamento dos atos
fiscalizadores e a disponibilização de informação no âmbito da defesa do consumidor, bem como a introdução
de novos instrumentos e procedimentos para facilitação da investigação (PS, PSD, CDS-PP e PCP).
Para apresentar esta iniciativa, tem a palavra a Sr.ª Deputada Eurídice Pereira.
A Sr.ª Eurídice Pereira (PS): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O ritmo crescente de abertura das
chamadas «casas de compra e venda de ouro» e as notícias em seu redor despertaram inevitavelmente uma
maior atenção sobre o assunto.
De facto, em finais de 2011, existiam 5055 licenças referentes às tradicionais ourivesarias e também às
casas de compra e venda de ouro, admitindo-se que estas últimas representassem perto de metade desse
universo.
De 2008 a 2011, disparou este tipo de negócio e as autorizações de funcionamento cresceram, em três
anos, 46,5%. Em média, abriam três estabelecimentos por dia, no ano passado; e, no 1.º trimestre deste ano,
ainda havia registo da abertura diária de dois estabelecimentos.
O fenómeno tem sido transversal a todo o País.
Foi esta frenética nova realidade que fez despoletar, no âmbito da Comissão de Economia e Obras
Públicas, a realização de um trabalho exaustivo que visou apreciar e avaliar a atualidade da legislação
relativamente às transações de artefactos usados de metal precioso, nomeadamente licenciamento, comércio
e publicidade.
O relatório desse trabalho é o suporte do projeto de resolução que hoje se apresenta e que recolheu amplo
consenso.