11 DE JANEIRO DE 2013
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Sr.as
e Srs. Deputados, com que legitimidade é que o Partido Socialista vem agora fazer estas
recomendações absolutamente extemporâneas e a despropósito? Por que não o fizeram na altura, enquanto
eram poder?
Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Permito-me lembrar aqui, até para contrapor com o que aconteceu
no passado, que as agregações ocorreram num diálogo amplo e avisado com os conselhos gerais e as
autarquias;…
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Não é verdade!
A Sr.ª Emília Santos (PSD): — … que as agregações tiveram por princípio a preservação das diferenças
de cada escola, quer ao nível do contexto quer ao nível dos seus projetos educativos; que as agregações
respeitaram a vontade de construir percursos curriculares integrados, onde a articulação curricular entre os
diferentes níveis e ciclos educativos é agora uma realidade.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Isso é uma grande mentira!
A Sr.ª Emília Santos (PSD): — Por fim, quero lembrar, porque nunca é demais lembrá-lo, que o processo
de reorganização da rede escolar resulta de um compromisso que Portugal assumiu perante a comunidade
internacional e que, à semelhança de tantos outros, este Governo se viu obrigado a redefinir, convertendo-o
num processo mais transparente e participado
Protestos do PS.
Sr. as
e Srs. Deputados, este não é um processo envolto em medidas avulsas, geridas de acordo com os
interesses da agenda política mediática mas, sim, um processo aberto, um processo que favorece o percurso
sequencial e articulado dos alunos.
Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, por tudo isto, e para terminar, quero dizer que não é sério acusar
este Governo de subversão da escola pública, até porque a escola pública não é património exclusivo de
ninguém.
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Emília Santos (PSD): — Como também não é sério acusar o processo de reordenamento da rede
escolar de austero e antidemocrático quando bem sabem, porque é público, que foi amplamente participado.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos da Deputada do PCP Rita Rato.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Michael
Seufert.
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Esta matéria dos mega-
agrupamentos é um bocadinho como a Páscoa: vem uma vez por sessão legislativa, não sabemos muito bem
quando é que vem, mas sabemos que vai acontecer.
Protestos do PS e do PCP.
Já discutimos esta matéria nesta Legislatura, pelas nossas contas, seis vezes, ou em seis projetos
diferentes, fora todas as vindas dos membros do Governo à Comissão de Educação, Ciência e Cultura.
Concluindo — e não temos problema algum em voltar a apresentar as nossas conclusões —, na anterior
Legislatura, como o PCP bem sabe, aprovámos uma resolução que o então Governo do Partido Socialista não