12 DE JANEIRO DE 2013
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insolvências devido à crise do País, mas graças ao programa Revitalizar é possível salvar muitas destas
empresas.
Como eu disse, neste momento, temos uma taxa de 90% de processos concluídos. Mais de 1000 postos
de trabalho foram salvos graças a este programa. Cada posto de trabalho é importante para lutar contra a
crise e, por isso mesmo, sabendo que há 370 processos no PER e mais 113 processos no CIREV, pensamos
que muitos outros postos de trabalho poderão ser salvos graças a este programa.
Respondendo à pergunta relativa às consolidações, estamos a preparar o programa Consolidar, que visa
exatamente essa questão. Um dos nossos problemas, em Portugal, é o de que, muitas vezes, esquecemos
aquilo que nos une, que é o interesse nacional e o nosso País, e temos uma mentalidade de espartilhar, uma
mentalidade de «quintinhas». Ora, essa mentalidade não nos leva a lado algum. Se vivemos num mundo
crescentemente globalizado, temos de fazer com que as nossas associações empresariais se fundam e
cooperem mais umas com as outras. Temos de fazer com que as nossas empresas entrem num processo de
fusão e de aquisições para consolidar as suas forças dentro do mercado interno, mas também nos mercados
europeu e mundial. Portanto, essa aposta na consolidação empresarial é fundamental.
Em relação à questão do fomento mineiro, responderei ao Sr. Deputado mais tarde sobre um investimento
no seu distrito, na zona de Tabuaço.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem agora a palavra o Sr. Deputado Paulo Batista Santos.
O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, começo por cumprimentar e felicitar o
Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português por ter agendado este debate, o primeiro debate temático
do ano, sobre economia, sobre crescimento económico. Em tempos difíceis, agendarmos e colocarmos na
primeira linha da discussão política este tema só contribui para a reconstrução e o crescimento económico
nacional.
Há duas formas de fazer este debate: uma forma séria e responsável, que assinalamos, e uma forma, que
é habitual nalguma esquerda radical (e também do Partido Socialista), que traz a este debate não alternativas,
não sugestões concretas, mas figuras de retórica, numa narrativa que há pouco ouvimos evidenciar sobre a
teoria da «pulga e da colher», mas que não passa de uma teoria parasita, que só vive à conta da desgraça
alheia e das dificuldades do País.
Quero dizer à Sr. Deputada Ana Drago que temos saudades do Deputado Francisco Louça, porque, pelo
menos, esse nosso ex-colega sabia do que falava. Era importante que V. Ex.ª e o seu grupo parlamentar
conhecessem o País real, o País dos portugueses que não se resignam, o País dos empresários que investem
em Portugal, o País em que os emigrantes continuam a confiar. É esse País que VV. Ex.as
não querem
conhecer. É esse País para o qual VV. Ex.as
não estão disponíveis para contribuir.
Sr. Ministro, V. Ex.ª sabe tão bem como nós que os 18 meses de ajustamento que temos têm sido bastante
exigentes para as empresas, para os portugueses. Todos nós o reconhecemos, mas foi possível fazer, neste
período difícil, alguns ajustamentos, algumas reformas que não seriam possíveis fazer noutro necessário e
que, nos últimos 20 anos, não conseguimos realizar: na legislação laboral, na lei do arrendamento, no
licenciamento, e temo-lo feito também na área da justiça, como também o fizemos no QREN.
E no QREN, Sr. Ministro — é esta a questão que lhe queria colocar —, fizemo-lo com coragem. Fizemos
uma reprogramação difícil, retirando fundos às autarquias, retirando fundos do Estado para os orientar para a
economia.
Sr. Ministro, diga-nos qual foi, em concreto, a execução do QREN, qual é a expectativa que tem para esta
nova reorientação do QREN, programa estrutural para a economia nacional.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Economia e do
Emprego.
O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Paulo Batista Santos, a
nossa preocupação é sempre as empresas e as famílias. O Ministério da Economia e do Emprego não só tem