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12 DE JANEIRO DE 2013

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O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Economia e do

Emprego.

O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Sr. Presidente, Sr. Deputado, como sabe, o Governo

continua empenhado em concluir a obra do túnel do Marão. Não só reservámos fundos comunitários como

temos feito tudo o que está ao nosso alcance para se conseguir ultrapassar os problemas que existem neste

momento.

O Sr. Deputado falou da região de Trás-os-Montes. Nós pensamos que um dos problemas de Portugal tem

sido exatamente o facto de termos esquecido o interior durante demasiado tempo. Exatamente por isso é que

o Governo já aprovou, em Conselho de Ministro, o programa Valorizar, que visa criar valor no território,

fomentar o empreendedorismo de base local e fazer com que as empresas fiquem no território para criar

emprego e riqueza.

Entendemos que a melhor forma de resolver as assimetrias regionais gritantes que temos no nosso País,

para além de passar por concluir as infraestruturas que estão em curso, passa principalmente por ajudarmos

as nossas empresas a fixarem-se em territórios de baixa densidade.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem agora a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, antes de mais, queria cumprimentá-lo e

dizer que, pelo que me foi dado perceber até agora, há, de facto, coisas que nunca mudam: os mesmos

contadores de fábulas e os mesmos ilusionistas que normalmente pululam nestes debates.

Direi que quem não sabe de onde vem dificilmente sabe para onde vai. Ainda há quem não queira perceber

a situação em que estamos e quão errado era o modelo que nos trouxe até aqui. Aliás, com esse modelo,

estivemos pela terceira vez à beira da bancarrota e ainda há quem insista que é melhor continuar a fazer a

mesma coisa.

Sr. Ministro, falar em reindustrialização não é — por mais que nós quiséssemos, porque penso que isso

reduzia o âmbito da questão — uma ideia estapafúrdia nem uma ideia do Sr. Ministro da Economia do

Governo português, tem parceiros europeus. Muitos países da Europa reconhecem que esse deve ser o

caminho, que foi cometido o erro de não se fazer uma aposta no sentido de que cada País devia, podia (e

pode) retirar dos seus recursos, da sua indústria todo o potencial, sem pôr em causa a coesão europeia.

Portanto, a minha primeira pergunta é a de saber o que estamos a fazer, o que é que temos feito, que

países estão connosco e que ideias existem, no contexto europeu, para apoio a essa reindustrialização.

Devo ainda dizer que a reindustrialização é uma oportunidade com alguns riscos, e temos consideráveis

atrasos em muitos setores, como por exemplo na formação. Ainda ontem aqui debatemos o que alguém da

minha bancada dizia serem as «novas facilidades», aquilo que sempre foi apanágio do governo anterior, do tal

cientista que dizia «gasta, investe, endivida-te». E agora, por estranho que lhe pareça, há falências, há

desemprego e não há capacidade de investimento. Conclui-se, pois, que, afinal, o Governo era cego, surdo e

mudo.

Mas a formação é fundamental, pelo que pergunto o que é que estamos a fazer em relação a isso.

Temos também de fazer um combate feroz à burocracia. E não me restrinjo apenas, Sr. Ministro, ao

programa Licenciamento Zero. O Estado hoje entra pelas empresas, pela vida das famílias, pelo tecido

empresarial de forma abusiva, com papelada, com burocracia, com constrangimentos e, portanto, temos de ir

mais longe do que o Licenciamento Zero. Esta era também uma questão sobre a qual o questionava.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Economia e do

Emprego.

O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Sr. Presidente, Sr. Deputado, em relação à questão do

contexto europeu, foi criado um grupo composto por vários ministros europeus, em que estão presentes

membros dos governos de Portugal, da Alemanha, de França, de Espanha e da Itália, que não só defende a