I SÉRIE — NÚMERO 40
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reindustrialização como defende a política da Comissão Europeia, promovida pelo Presidente e pelo Vice-
Presidente António Tajani, fazendo com que até 2020 o peso da indústria no PIB europeu esteja na ordem dos
20%.
Temos a mesma ambição para Portugal. Pensamos ser importante que as nossas exportações tenham um
peso de 50% no PIB em 2020. Pensamos que é importante que a nossa indústria tenha um peso próximo dos
20% até 2020 e pensamos também que é muito importante para tal — relacionando com a questão da
formação, colocada pelo Sr. Deputado — a nossa aposta de termos 50 000 alunos no sistema dual de
aprendizagem até 2015 e 100 000 alunos até 2020. Isto passa exatamente por uma aposta na formação
profissional, na excelência do ensino técnico, na melhor adequação das qualificações reais dos nossos jovens,
conjugando-as com as necessidades das empresas.
É esta a nossa visão e aposta no sistema dual e de aprendizagem. Como disse, há um ano muita gente
pensava que não seria possível termos atingido o valor que atingimos, mas 2012 foi o ano em que houve o
maior número de sempre de alunos no sistema dual de aprendizagem e neste momento o objetivo é o de
termos 32 000 alunos este ano.
Em relação ao combate à burocracia, a intenção do Governo é a de ir de área em área, de entidade em
entidade e de perguntar muito claramente o que é que podem fazer para facilitar a vida das empresas. O
Ministério da Economia e do Emprego deve facilitar a vida das empresas, deve facilitar a vida dos nossos
cidadãos e não complicar com burocracias e procedimentos excessivos.
Por isso mesmo, por exemplo no novo regime acerca do comércio, que apresentaremos brevemente a esta
Câmara, simplificaremos 20 diplomas num só: temos Licenciamento Zero até 98% dos licenciamentos
industriais, temos licenciamentos industriais para o comércio, para os serviços, para a energia e para a
indústria.
Portanto, o nosso combate à burocracia é transversal e total.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para replicar, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, agradeço a sua resposta.
Independentemente dos seus resultados, parece-me que o programa Revitalizar é um belíssimo programa.
Uma empresa que se salve é uma empresa que sobrevive. Mas gostaria de perguntar ao Sr. Ministro se há um
plano para fusões e reestruturações de empresas. Parece-me que o mundo evolui, nada fica como está, há
empresas que sozinhas não sobrevivem, mas concertadas com outras podem não só ganhar capacidade e
resiliência como até ganhar capacidade para se internacionalizarem.
Um dos fatores que penso ser decisivo é o da aposta no setor mineiro. Sei que há um conjunto de
contratos que estão a ser assinados. Continuo a dizer que este é um setor que me parece que se dissemina
pelo País, tendo em muitas regiões vários potenciais e que pode ser não aquele investimento concentrado no
litoral ou nos grandes centros, mas ter uma existência disseminada no País.
Pergunto o que é que temos hoje de concreto para apresentar no setor mineiro, na perspetiva de que há
contratos, há competência, há minério e que, portanto, essa pode ser também uma solução para a
empregabilidade, para o crescimento económico e para algumas regiões, desde que se mantenha, de facto,
uma exploração sustentável quer do ponto de vista ambiental, quer do ponto de vista da proteção dos
trabalhadores.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Economia e do
Emprego.
O Sr. Ministro da Economia e do Emprego — Sr. Presidente, Sr. Deputado, é verdade que o programa
Revitalizar muda o paradigma. Ou seja, é verdade que, neste momento, temos um número recorde de