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I SÉRIE — NÚMERO 44

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A Sr.ª Presidente: — Informo que esses dados nunca são enviados à Mesa e, por isso, não podia dispor

deles.

Passamos à próxima declaração política, do Sr. Deputado do CDS-PP João Pinho de Almeida.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Portugal não acabou

quando teve de pedir ajuda externa, mas entrou, certamente, numa das mais difíceis fases da sua história e

uma das fases que mais sofrimento exigiu aos portugueses.

É certo também que Portugal não resolve todos os seus problemas por regressar aos mercados e

conseguir, assim, financiar-se.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ao menos, é mais modesto!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Essas são duas evidências tão claras quanto é clara a

responsabilidade de avaliarmos estes dois momentos com todas as suas causas e todas as suas

consequências. É evidente que os problemas dos portugueses não se resolvem nos mercados, mas também é

evidente que, sem o financiamento do Estado português nesses mercados, os problemas dos portugueses

serão, certamente, muito mais graves e muito maiores.

Por isso, voltando a 2011, devemos lembrar por que é que estamos nesta situação. Estamos nesta

situação porque houve um dia em que, durante o Governo do Partido Socialista, o Ministro das Finanças,

Teixeira dos Santos, disse que Portugal já não conseguia recorrer mais aos mercados e não tinha dinheiro

para pagar salários e pensões. Não foi nenhum responsável desta maioria que anunciou este estado ao País,

foi o Ministro das Finanças Teixeira dos Santos.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Também foi o Ministro das Finanças Teixeira dos Santos que, a certa altura, definiu como limite para a

capacidade de endividamento do Estado português em mercados a barreira dos 7%. Pois, há bastante tempo,

que, com este Governo em funções, essa barreira dos 7% regrediu e permite agora o caminho para o

financiamento de Portugal nos mercados.

Convém também lembrar que não foi este Governo que fundou a austeridade.

Vozes do CDS-PP: — Exatamente!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não foi sequer esse momento, anunciado pelo Ministro

Teixeira dos Santos, que fundou a austeridade que os portugueses têm sofrido nos últimos anos. Essa

austeridade veio do PEC 1, do Partido Socialista, do PEC 2, do Partido Socialista, do PEC 3, do Partido

Socialista, e do Memorando de Entendimento que o Partido Socialista nos impôs.

É bom que nos lembremos disso!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E também vinha no PEC 4!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Mas é bom que nos lembremos também que, por exemplo, o

corte nos salários dos funcionários públicos vem do Governo do Partido Socialista e é anterior ao pedido de

ajuda externa.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Portanto, se não vamos conseguir resolver todos os nossos

problemas agora — e é bom que tenhamos a noção de que não vamos —, é bom que tenhamos a noção de

onde vêm esses problemas, quem esteve na sua origem e quem são os responsáveis por vivermos esta

situação.