I SÉRIE — NÚMERO 48
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Aplausos do PSD.
Para terminar, Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, o PSD e o CDS-PP pretendem que esta
recomendação, sublinho, recomendação, possa ser concretizada e, por essa via, contribuir para o
crescimento, a valorização e a maior sustentabilidade do setor primário em Portugal, que, estou certo, é um
desígnio de todos.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Também para apresentar o mesmo projeto de resolução, tem a
palavra o Sr. Deputado Abel Baptista, do CDS-PP.
O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: O projeto de resolução que
apresentamos vem, tão-só, no seguimento de uma obrigação do serviço público de televisão e daquilo que
entendemos que um serviço público deve prestar, no que diz respeito a um dos setores mais fundamentais,
hoje, na economia nacional, um setor que cria emprego no momento em que cresce o desemprego, que cria
exportação no momento em que é mais difícil exportar, que cria riqueza e ordena o território.
Faz todo o sentido que o serviço público de televisão tenha atenção para com isto e daí esta nossa
recomendação, bem apresentada pelo meu colega do PSD, que esperamos que venha a obter um largo
consenso nesta Câmara.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel
Freitas, do PS.
O Sr. Miguel Freitas (PS): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O PS reconhece a centralidade das
questões relacionadas com a agricultura e o mar na economia e na sociedade portuguesa. Reconhecemos
mesmo que estas matérias estão sub-representadas naquele que é o serviço público de televisão, em
Portugal,…
O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Miguel Freitas (PS): — … pelo que é evidente que, para nós, o Estado pode e deve dar orientações
gerais, no âmbito do contrato de concessão do serviço público de televisão, na defesa daquilo que são setores
estratégicos e questões estratégicas para o desenvolvimento do País, desde que isso, naturalmente, não
colida com a autonomia da organização dos serviços públicos de televisão e não seja uma invasão do que
está no contrato de concessão do serviço público de televisão. Portanto, há aqui dois referenciais sobre os
quais não nos movemos.
Assim, consideramos pouco adequado que a Assembleia da República faça a encomenda ao Governo de
um programa em concreto, seja ele sobre este ou qualquer outro tema. E, reconhecendo a utilidade do tema,
temos reservas sobre a forma como o CDS e o PSD entenderam apresentar este projeto de resolução.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Também para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João
Ramos, do PCP.