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I SÉRIE — NÚMERO 51

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que assinaram em maio, que estão a avaliar o Banco Insular porque pretendem vendê-lo, o que sabiam, Sr.as

e Srs. Deputados, ser absolutamente impossível de conseguir e apenas revela que estavam a tentar ganhar

tempo na expectativa de conseguirem, mais uma vez, atirar o lixo para debaixo da carpete.

Sejamos claros, Sr.as

e Srs. Deputados: o Dr. Franquelim Alves foi convidado por um grupo de acionistas

que tinham um objetivo preciso, o de esconder as fraudes verificadas no Grupo ao tempo de Oliveira Costa e

mudar alguma coisa para que tudo continuasse na mesma — os seus negócios, os seus investimentos e os

seus elevadíssimos lucros. Estiveram, anos a fio, calados, sem nada ver, sem nada saber, sem nada perceber

e preparavam-se, Sr.as

e Srs. Deputados, para continuar na mesma outros tantos anos.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Exatamente!

O Sr. João Semedo (BE): — Foi para isso que escolheram Abdool Vakil para presidir, foi por isso que

contrataram Franquelim Alves.

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. João Semedo (BE): — Sabiam do Banco Insular, pelo menos desde fevereiro de 2008, mas

obrigados pela dimensão do buraco, pela força das evidências e pelas pressões, ainda que hesitantes, do

Banco de Portugal, só o reconheceram em junho de 2008.

O País, Sr.as

e Srs. Deputados, está revoltado, os contribuintes pagam cêntimo a cêntimo o buraco da

maior história de gangsterismo financeiro da banca portuguesa: 4000 milhões que podem chegar a 7000

milhões!

Ainda hoje soubemos que o Governo injetou mais 1000 milhões de euros nas sociedades onde foi

depositada a sucata financeira que os novos donos do BPN recusaram e penduraram nas contas públicas.

Afinal, a venda, apesar de ser uma venda de favor e a preço de saldo do BPN ao BIC por 40 milhões de

euros, não acabou com a «sangria» do erário público, como o Governo prometera e como o Governo utilizara

como justificação para essa venda por 40 milhões de euros. Ao contrário do que diz o Governo, o problema do

BPN continua por resolver.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

O Sr. João Semedo (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, termino dizendo o seguinte: diz o

Ministro Álvaro Santos Pereira que o currículo de Franquelim Alves fala por si. É verdade — finalmente uma

verdade! Como também é verdade que a escolha de Álvaro Santos Pereira fala por si.

Ambos devem ser demitidos: Franquelim Alves pelo currículo; Álvaro Santos Pereira pela escolha deste

Secretário de Estado e pela forma como ontem tentou enganar o Parlamento e a opinião pública.

Sr.as

e Srs. Deputados: O País não espera outra coisa, nem reclama outra coisa que não seja a demissão

do Secretário de Estado e do Ministro.

É isto que esperamos e reclamamos do Primeiro-Ministro!

Aplausos do BE.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Ridículo!

A Sr.ª Presidente: — Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos, os Srs. Deputados Duarte Pacheco, do

PSD, Honório Novo, do PCP, José Luís Ferreira, de Os Verdes, e Ana Catarina Mendonça, do PS, tendo o Sr.

Deputado João Semedo informado a Mesa que pretende responder individualmente.

Em primeiro lugar, tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Pacheco.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado João Semedo, nós não estivemos a ouvir

uma declaração política do BE; estivemos a ouvir uma intervenção de pura chicana política!