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I SÉRIE — NÚMERO 51

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O Sr. Bruno Dias (PCP): — Para quem tem carro!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Ora, isso é trágico para as nossas cidades e é trágico para o entendimento que

os senhores devem ter acerca do nosso défice comercial no que respeita à importação de combustíveis.

Mas, mais do que isso, Sr.as

e Srs. Deputados: uma criança de cinco anos, na Sociedade de Transportes

Coletivos do Porto (STCP), gastava no passe, para andar nos autocarros, 14,35 €, em 2011. Hoje, em 2013,

uma criança de cinco anos paga 46,8 €. O passe aumentou mais de 200% para o transporte de crianças. Isto

é um ataque às famílias! É um assalto às famílias que os senhores estão a fazer! Estão a destruir o

rendimento disponível das famílias e a rede de transportes públicos existente em Portugal.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Srs. Deputados, a Mesa acabou de receber um pedido de inscrição

do PCP.

Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Bruno Dias.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Quem diz o que os Srs. Deputados do

PSD e do CDS aqui disseram sobre as empresas de transportes, sobre os tarifários, sobre o serviço prestado,

de duas, uma, ou não faz a menor ideia do que está a dizer, o que é grave, ou, então, está deliberadamente a

faltar à verdade, numa lamentável desonestidade política e num insulto às pessoas que hoje pagam o dobro

que pagavam pelo passe.

Os senhores estão convencidos que as pessoas preferiram passar a pagar o dobro pelo passe social?

Os senhores falam em articulação de transportes. Mas em que regra estava escrito que isso tinha que ser à

custa de aumentos brutais do tarifário? Onde é que estava escrito que a fasquia do preço tinha que ser

sempre nivelada por cima?

Há anos que defendemos que o passe social deveria ter as coroas territoriais alargadas, abrangendo todos

os meios de transporte, mas não à custa deste aumento brutal que os senhores impuseram nos últimos anos.

Já chega de aumentos! Está na hora de reverter essa política, de alterá-la, de baixar os preços, de acabar com

este roubo!

O senhor fala em passes sociais? Em Passe Social+ para os estudantes? Os senhores apregoaram um

desconto de 60% para os estudantes. Sabe quem é que tem acesso a esse passe, Sr. Deputado Adriano

Rafael Moreira? Eu digo-lhe: é um casal com dois filhos dependentes, o qual, para ser incluído neste escalão,

tem de ter um salário mensal inferior a 315 € por cada membro do casal. É disto que estamos a falar, Srs.

Deputados.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Uma vergonha!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — É este o escalão da ação social escolar que o senhor aqui veio apregoar como

estando ao dispor dos jovens e dos estudantes. Devolvam os passes 4_18 e sub23 aos estudantes deste país,

Srs. Deputados!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Vêm aqui falar das redundâncias dos transportes para justificar o injustificável,

isto é, o recolher obrigatório que estão a impor às populações com o corte de transportes públicos à noite, e

estão a preparar mais cortes no Metropolitano de Lisboa!

Pergunto-lhe: às 2 horas e 30 minutos havia um barco no Cais do Sodré. Quantos barcos havia? Havia um!

Agora, não há nenhum! Não há redundância nenhuma, Sr. Deputado!

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr. Deputado, queira concluir, por favor.