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14 DE FEVEREIRO DE 2013

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invertida ainda antes do anúncio feito em julho pelo Presidente do Banco Central Europeu, que disse, como

todos se lembrarão, que tudo iria fazer para salvar o euro.

E, já que estamos a falar na descida dos juros da dívida portuguesa, poderemos destacar outro facto:

Portugal conseguiu regressar aos mercados antes do previsto, colocando 2500 milhões de euros, a 5 anos, a

uma taxa de juro de 4,89%, tendo a procura ultrapassado os 12 000 milhões de euros, com 93% da emissão a

ser colocada junto de investidores estrangeiros. É, claramente, um sinal positivo.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — É indiscutível que o nosso País é hoje mais credível aos olhos de

todos, não só dos nossos principais parceiros comerciais como também dos nossos credores.

Importa realçar outro facto: a redução significativa do défice da balança comercial portuguesa, num

montante de 533,7 milhões de euros, tendo as exportações aumentado perto de 6%, em 2012.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — A realidade é que Portugal, de acordo com os últimos dados do

Eurostat, foi o quinto País, no total dos 27 da União Europeia, que mais exportou. É, claramente, um dado

positivo.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — A nossa economia é hoje mais competitiva e mais exportadora para os

mercados extracomunitários, o que demonstra a força e a resistência das nossas empresas: nos três primeiros

trimestres de 2012, as exportações de bens cresceram mais de 30% para Angola, mais de 150% para a China

e 35% para os Estados Unidos.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Há motivos para ter esperança no futuro.

A Comissão Europeia previu que o início da recuperação será este ano. A OCDE revelou dados que

preveem uma recuperação da conjuntura económica para os próximos meses. Pelo nono mês consecutivo, os

indicadores de dezembro registaram uma subida, fator que também se verifica numa comparação homóloga.

Segundo os indicadores divulgados, Portugal vai continuar a crescer nos próximos seis a nove meses. É

um dado que convém registar!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Mas, se é de assinalar o esforço de muitos trabalhadores e

empresários, não podemos esquecer que esse esforço deve ser de todos, mesmo nas dificuldades e no

exercício de direitos fundamentais.

Não é aceitável que, enquanto um País trabalha e enfrenta muitas dificuldades, certo País parece querer

exercer direitos de uma forma que, pelo excesso, põe em causa os direitos e o esforço dos demais.

Alguns exemplos.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — O Ulrich!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Na CP, em cada 3 dias, 2 dias de paralisação total ou parcial; em 365

dias de 2012, 295 dias de greve, ou seja, 70 dias, num ano, sem paralisações.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Podíamos dizer que nada disto custa ao erário público. Pois enganam-

se, Srs. Deputados, já que os custos destas paralisações são de 2,2 milhões de euros.