28 DE FEVEREIRO DE 2013
39
Sr.as
e Srs. Deputados, com esta lei, que procura ser justa, o que não é admissível é a vossa postura de
não trazer verdade a este debate, de dizer a quem recebeu uma carta de um senhorio que isso é lei. Não, uma
carta de um senhorio não é a renda. Porquê? Porque todos nós aqui, infelizmente só do nosso lado, lhes
demos cláusulas de salvaguarda, e os senhores, porque não as querem ver, dizem que elas não existem. Isso
é inadmissível!
O Sr. João Oliveira (PCP): — As cartas de aumento de renda deviam era levar o vosso carimbo!
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Tentar dizer que uma carta de um senhorio é lei, que uma proposta
de renda é renda, é falso, traz confusão e engana as pessoas. Não sei ao serviço de quê.
Aplausos de Deputados do PSD.
Mas a vossa estratégia é incorreta, porque é a mesma estratégia de em nada mexer, trazendo medo às
pessoas, inventando-lhes receios que elas não devem ter.
Falemos também do pós-cinco anos. Sim, esta lei, também por causa deste Parlamento, assegura às
pessoas que, ao fim de cinco anos, continuam a ter uma proteção social,…
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Onde é que está?!
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — … dando-lhes vários meios e dizendo «têm esse direito». E esse
direito é, como sempre, concretizado com base em informação.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Qual é o artigo da lei? Diga lá!
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Os senhores serão irresponsáveis se disserem que as pessoas vão
pagar x, sem saberem quanto é que as pessoas necessitam e quando esses compromissos são para daqui a
cinco anos.
Nós não fazemos isso! Não assumimos hoje, sem saber o que é necessário, quanto é que vamos pagar.
Mas vamos fazê-lo, porque nos comprometemos em dar, após os cinco anos, proteção a essas pessoas.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Diga lá qual é o artigo da lei!
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — É um direito que as pessoas têm, foi um direito pós-cinco anos que
esta maioria lhes deu.
Protestos da Deputada do PCP Rita Rato.
É por isso um esforço reformista para um País que precisa de ser reformado, com reformas a pensar em
todos: dos inquilinos aos proprietários, aos empresários, aos comerciantes, a todos. E também a pensar
naqueles que, hoje, não têm acesso a casa, porque o mercado de arrendamento não funcionava.
O que fizemos foi reformar a pensar em todos. Podemos fazer melhor. Estamos atentos, esta lei merece a
nossa atenção. Há 15 dias, fizemos aqui um conjunto de sugestões para ser melhorada a sua aplicação. O
Governo respondeu e agiu. É assim que fazemos: fiscalizamos e propomos, o Governo responde e faz.
O Sr. João Oliveira (PCP): — E despejam as pessoas!
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — É isso que faremos, daqui para a frente, e sempre, em defesa dos
portugueses.
Aplausos do PSD.