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I SÉRIE — NÚMERO 62

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Protestos do PS.

Isto significa, Sr. Deputado, que eu, como Primeiro-Ministro, e o meu Governo fazemos mais para combater

o desemprego no que ele tem de estrutural…

Protestos do PS.

… do que aquilo que o Sr. Deputado faz quando vem dizer que a primeira condição para ter uma política de

crescimento é aumentar o salário mínimo nacional.

Protestos do PS e do PCP.

O Sr. Deputado sabe que, quando um País enfrenta um nível elevado de desemprego, a medida mais

sensata que se pode tomar é exatamente a oposta.

Risos do Deputado do PS João Galamba.

Foi isso que a Irlanda fez no início do seu programa, mas a Irlanda tinha um nível de salário mínimo

substancialmente maior do que o nosso e, por isso, presumo eu, o governo do Partido Socialista de então não

incluiu tal cláusula no Memorando de Entendimento e nós também não a quisemos adotar.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Isso é que é muito bem lembrado!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas, Sr. Deputado, quem quer criar melhores perspetivas de emprego para o

País, não aparece perante o País com demagogia,…

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Demagogia?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … aparece com sentido de responsabilidade, o qual, infelizmente, vai no

sentido oposto às propostas que o Sr. Deputado fez.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.

O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, é extraordinário: um milhão de

desempregados e o Sr. Primeiro-Ministro vem ao Parlamento e não tem uma proposta, uma medida para

combater o desemprego em Portugal! É inaceitável!

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Uma vergonha!

O Sr. António José Seguro (PS): — Volto a perguntar-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, do que está à espera e o

que está a fazer à frente do Governo se o senhor não é capaz de combater o principal problema com que o

País e os portugueses se defrontam?!

É natural que os portugueses se indignem e se manifestem, é natural que cada vez mais portugueses

estejam contra o Governo, porque este Governo está divorciado dos portugueses e não conhece o País que

pretende governar. Está completamente de costas viradas para os portugueses!