I SÉRIE — NÚMERO 63
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Aplausos do PS.
Vozes do PCP e do BE: — Oh!…
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — E bem!
O Sr. Alberto Martins (PS): — A Sr.ª Deputada quis falar em pecado original e eu quis lembrar-lhe o
pecado original da queda do Governo anterior, a favor de um Governo de direita, que é o Governo mais
antissocial depois do 25 de Abril!
Aplausos do PS.
Sr.ª Deputada, devo dizer-lhe o seguinte: nós assumimos os nossos compromissos essenciais. As metas
que estão nesses compromissos correspondem a uma necessidade do Estado português, mas consideramos
que as políticas que estiveram na sequência dessa assinatura, conduzidas pelos partidos da direita, destroem
o nosso tecido económico, degradam socialmente a vida dos portugueses e a economia, levam ao
desemprego e que não cumprem qualquer das metas a que estes senhores se propuseram.
Estes senhores são os filhos diletos do fracasso e do erro das previsões!
Aplausos do PS.
Previsão sobre crescimento, previsão sobre emprego, previsão sobre défice, previsão sobre a dívida: tudo
errado. Fracasso absoluto! Estes senhores, os seus economistas, as suas políticas e os seus políticos
conduziram à situação zero.
Ora, nós consideramos que uma política europeia de equilíbrio deve atender aos compromissos do Estado
português, mas pensamos que há que mudar, de forma muito significativa, o quadro de negociação estadual
da Europa.
A Europa tal como existe não responde aos problemas dos Estados nacionais e é preciso uma
harmonização fiscal, bancária e política. É preciso que a política esteja, de novo, ao comando dos interesses
dos Estados e das pessoas na Europa.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado António
Filipe.
O Sr. António Filipe (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Alberto Martins, quero dar-lhe as boas-vindas
não à atividade parlamentar mas à posição que defendeu sobre o salário mínimo. Se bem nos lembramos, o
que aconteceu em matéria de salário mínimo foi que o Governo do Partido Socialista assinou, em sede de
concertação social, um acordo sobre o aumento do salário mínimo, subscrito por todos os parceiros sociais —
como os senhores próprios o dizem, isso é raríssimo e, nessa altura, bem salientaram que era, porventura, a
primeira vez em que houve um acordo de concertação social subscrito por todos os parceiros sociais —, e foi
logo esse o acordo que o seu Governo não cumpriu!
De facto, em janeiro de 2011, em cumprimento do acordo de concertação social, o Governo do Partido
Socialista devia ter aumentado o salário mínimo para 500 €, mas não o fez. Portanto, tem esse antecedente.
Mais recentemente, quando o PCP aqui propôs, no mês passado, o aumento do salário mínimo nacional
para 515 € — obviamente, quem defendia que o salário mínimo nacional em janeiro de 2011 podia ser de 500
€, por maioria de razão aceitaria que fosse de 515 € em 2013 —, o Partido Socialista absteve-se, não votou
favoravelmente o projeto de lei apresentado pelo PCP.
Vozes do PCP: — Muito bem!