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22 DE MARÇO DE 2013

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A fusão entre o ensino técnico-profissional e o sistema dual é crucial e será defendida neste fomento

industrial. Esta fusão não só irá permitir uma racionalização da nossa formação mas também irá providenciar

qualificações reais aos nossos jovens.

Gostaria de dizer que, em 2012, aumentámos o número de alunos no sistema dual de aprendizagem de 21

000 para 33 000, que é o valor mais elevado desde sempre em Portugal.

Esta aposta no sistema dual de aprendizagem, a fusão do ensino técnico-profissional, com escolas fortes,

com formação nas empresas e com formação em alternância é crucial para termos jovens mais qualificados,

para termos maior produtividade nacional e para voltarmos a crescer.

Portanto, tenho a certeza absoluta que, assim como todos os parceiros sociais aplaudiram…

Vozes do PCP: — Todos?!…

O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — … e querem colaborar com o Governo, também contamos

com as bancadas parlamentares para colaborarem com o Governo neste desígnio de termos qualificações

reais para os nossos jovens.

O Sr. Deputado Jorge Machado não fez perguntas, apenas pediu eleições já. O Sr. Deputado não tem

respostas, nem perguntas, nem projetos.

O PCP continua a dizer a mesma coisa há muitas décadas e não muda de cassete.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, entramos na fase das intervenções. Para o efeito, a Mesa regista as

inscrições dos seguintes Srs. Deputados: Miguel Laranjeiro pelo PS, Arménio Santos pelo PSD e José Luís

Ferreira por Os Verdes.

Tem a palavra, Sr. Deputado Miguel Laranjeiro.

O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados: A

Europa vive momentos de incerteza fruto da incapacidade dos seus líderes, mas quem só agora descobriu

esta realidade foi o Governo, através da intervenção do Sr. Ministro da Economia e do Emprego, esta tarde.

Há muito tempo que o Partido Socialista diz isto!

Portugal assiste, agora, a momentos de grande complexidade, com um Governo incapaz de responder aos

desafios, e os portugueses vivem uma situação social dramática, com contornos difíceis de percecionar em

toda a sua dimensão.

Só quem vive alheado da realidade do País, quem fica por S. Bento, ou pelos gabinetes ministeriais, e cada

vez mais impedido de contactar com os portugueses, é que não vê o que está a acontecer.

O Governo tem tido uma atitude arrogante, imprópria, até, de um país democrático. A maioria PSD/CDS-PP

demonstra uma incapacidade de ler e de reverter esta situação. Trata-se de um Governo de direita que

esmaga os portugueses, que destrói a economia, que retira esperança aos mais jovens.

Temos um Primeiro-Ministro que considera uma oportunidade estar desempregado, que olha para a

emigração como uma oportunidade, que vê nas rescisões da função pública uma oportunidade. Perguntam os

portugueses: uma oportunidade para quem?

Perguntemos a um jovem ou a um trabalhador com mais de 45 anos na situação de desemprego se se

sentem bem com essa oportunidade. Perguntemos a um professor que pode ir para a mobilidade e depois

para o desemprego se se sente bem com essa oportunidade de que o Primeiro-Ministro fala.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Hoje, os portugueses reconhecem cada vez mais a diferença entre

aquilo que foram os governos socialistas e um governo ultraliberal, liderado por Passos Coelho. E o Primeiro-

Ministro não se pode esconder atrás da figura do Ministro das Finanças. Passos Coelho é o primeiro, e por

isso, o responsável pela desastrosa ação governativa.

O que temos hoje, ao fim de 21 meses de Governo PSD/CDS-PP é uma situação muitíssimo mais grave,

muito pior do que alguns julgavam, e para que o Partido Socialista, em devido tempo, alertou que iria

acontecer.