5 DE ABRIL DE 2013
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Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, é um programa essencial em mais de 50 escolas e que custa — apenas,
comparado com outras «festas» — 6 milhões de euros ao erário público.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Trata-se de 6 milhões de euros, Sr.ª Presidente e Srs. Deputados,
sem inaugurações pomposas, admito, sem foguetes, sem grande festa, como acontecia no passado.
Mas ainda bem que assim é, porque essa festa — a da Parque Escolar — é uma festa da qual todos
estamos fartos, uma festa de ares condicionados e de hotéis de 5 estrelas nas nossas escolas, de candeeiros
de marca importados, de materiais caríssimos que têm de vir do estrangeiro a preços exorbitantes. Foi uma
festa, mas foi uma festa com uma dolorosa ressaca que hoje pagam as escolas e pagam todos os
contribuintes.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Assim, Sr.ª Presidente, com respeito pelos contribuintes e respeito pelos alunos, conhecemos bem a matriz
do Governo no sector da educação: centrar o discurso e a ação nas famílias e nos alunos, sem esquecer e
valorizar o trabalho dos professores, dos dirigentes e auxiliares educativos, que todos os dias trabalham para
que se faça educação de qualidade em Portugal, e responsabilidade na aplicação do dinheiro dos
contribuintes, racionalizando mais os recursos e todos os meios para garantir um sistema educativo
equilibrado e eficaz.
Assim, sem festas, melhoraremos o nosso sistema educativo e teremos melhores resultados.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente: — A Mesa regista as inscrições, para pedidos de esclarecimento, dos Srs. Deputados
Acácio Pinto, do PS, Rita Rato, do PCP, Ana Sofia Bettencourt, do PSD, e Luís Fazenda, do BE.
Entretanto, o Sr. Deputado Michael Seufert informou a Mesa que responderá a grupos de dois.
Tem a palavra, Sr. Deputado Acácio Pinto.
O Sr. Acácio Pinto (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, quero saudar o Sr. Deputado Michael Seufert
pelo debate que hoje aqui veio proporcionar e dizer-lhe o seguinte, para começar: sobre a coerência do CDS,
estamos conversados — o tal «partido dos contribuintes», o tal partido que se opunha ao aumento de
impostos —, estamos completamente conversados, Sr. Deputado.
O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Muito bem!
O Sr. Acácio Pinto (PS): — Mas o que eu queria aqui sublinhar é que, durante a sua intervenção de 6
minutos, proferida na tribuna, não teve nem uma palavra para os professores e para a mobilidade a que vão
ser sujeitos, a tal mobilidade especial que o Ministro Nuno Crato disse, em fevereiro, que não iria fazer, mas
que disse agora ir levar a cabo. Sobre isso nem uma palavra o Sr. Deputado aqui deixou, hoje, nesta sua
intervenção.
Vozes do PS: — Nem sobre os alunos!
O Sr. Acácio Pinto (PS): — Mas também lhe quero dizer que estamos já muito habituados a este discurso
do CDS.
Sobre as Novas Oportunidades, não quiseram fazer o «teste do algodão», Sr. Deputado! E sabe qual era o
«teste do algodão»? Era deixar a OCDE fazer a avaliação, que estava comprometida e que deviam levar a
cabo, antes de, por motivos meramente preconceituosos, acabarem com esse programa.
Aplausos do PS.